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Presos 10 por grilagem de terras em três Estados e DF

Por LUCIANO COELHO
Atualização:

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje uma operação no Piauí, Bahia, Minas Gerais e no Distrito Federal contra a grilagem de terras. O objetivo era cumprir dez mandados de prisão, quatro de condução coercitiva e 19 de busca e apreensão contra um juiz, advogados, policiais e empresários, entre outras pessoas. Os mandados foram expedidos pelo desembargador Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho, no exercício da presidência do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI). Segundo dados da Polícia Federal, foram cumpridos todos os mandados nos municípios de Corrente e Parnaguá, no Piauí; Barreira, na Bahia; Governador Valadares, em Minas Gerais; e Brasília, no Distrito Federal. Foram mobilizados 63 agentes da PF, um promotor do Ministério Público do Piauí e um juiz estadual.Foram sete meses de investigação. O lucro da quadrilha, segundo o delegado federal Janderlyer Gomes Lima, seria de R$ 30 milhões. Foram feitas escutas autorizadas pela Justiça. Os acusados respondem pelos crimes de falsidade ideológica, formação de quadrilha, tráfico de influência, exploração de prestígio, venda de sentenças, falsificação de documentos, corrupção e grilagem.O juiz da comarca de Parnaguá, Carlos Henrique Teixeira Sousa, foi preso acusado de vender liminares e participar da quadrilha da grilagem. O município tem pouco mais de 10 mil habitantes e está localizado 823 quilômetros ao sul de Teresina. Após seguir em um avião da PF para Teresina, ele se apresentou à Justiça, fez exame de corpo de delito e ficou detido no comando da Polícia Militar.O superintendente da PF no Piauí, delegado Marco Antônio Farias, afirmou que a operação ocorreu por iniciativa do Ministério Público do Estado, através do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO). "A PF operacionalizou a investigação judicial sobre tráfico e no transcurso apurou indícios de outros crimes. Foram 19 buscas e apreensões, 10 prisões e 4 conduções coercitivas. O delegado regional de combate ao crime organizado, Janderlyer Gomes, foi um dos responsáveis pelo desvendamento", disse em coletiva na sede do TJ-PI.

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