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Presidente quer poucas trocas no setor elétrico

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Por Vera Rosa
Atualização:

No combate à política da "porteira fechada", o presidente Lula afirmou na reunião ministerial que a nomeação de Edison Lobão para ministro de Minas e Energia não significa mudança drástica nas estatais do setor elétrico. Apesar de se dizer "impressionado" com o apetite dos partidos, ele continua negociando os cargos mais estratégicos com as cúpulas do PMDB e do PT. "Não vamos substituir todo mundo só porque mudamos o ministro", disse. A intenção de Lula é se comprometer com as nomeações, mas fazer as trocas em doses homeopáticas. Diante dos colegas de Esplanada, Lobão prometeu não trocar toda a equipe. "Não sou doido", disse o ministro, considerado pouco preparado para o posto. Ele prometeu combinar critérios políticos e técnicos ao preencher as vagas. De qualquer forma, depois de muita briga com o PMDB, a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), conseguirá emplacar o afilhado Jorge Boeira na presidência da Eletrosul. Em compensação, o PT perderá a Diretoria Internacional da Petrobrás para Jorge Zelada, indicado pela bancada do PMDB de Minas. Para a Eletrobrás é cotado o engenheiro Evandro Coura. Astrogildo Quental, dado como certo para o posto, assumirá a Diretoria Financeira da empresa. Ex-desafeto e hoje aliado de Lula, o deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) foi avisado pela direção de seu partido que seu afilhado Lívio Rodrigues de Assis vai presidir a Eletronorte. Lula avisou que vai arbitrar não só a queda-de-braço entre partidos por cargos, como disputas entre ministros. "Não vou admitir mais isso. Não é possível que políticas públicas fiquem emperradas por causa de divergências entre nós", disse, segundo dois participantes do encontro.

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