A assessoria da Presidência da República afirmou, por e-mail, que é “absolutamente inverídica” a afirmação de que o presidente Michel Temer seria o destinatário de propinas supostamente pagas por empresas que atuam no Porto de Santos. “É absolutamente inverídica a versão de que propinas seriam destinadas ao presidente Michel Temer”, diz o texto.
Segundo a assessoria de imprensa, a relação entre Temer e a empresa Rodrimar e seu presidente, Antônio Celso Grecco, é “nenhuma”. Sobre a solicitação para prestar depoimento no inquérito presidido pelo delegado da PF Cássio Nogueira, a assessoria afirmou que Temer nunca recebeu ofício.
Questionada qual seria a influência do peemedebista no Porto de Santos, a assessoria do Planalto afirmou que, “em 2002, Michel Temer foi oposição ao governo PT e não tinha qualquer influência nem cargos no Executivo”.
A Rodrimar afirmou, também por e-mail, que as acusações de que teria pago “propinas” ou “caixinhas” são “totalmente inverídicas” e jamais foi investigada no inquérito. “As afirmações são totalmente infundadas no inquérito policial em questão, a empresa ou seus prepostos jamais fizeram parte da investigação nem sequer como testemunhas”.
O Estado procurou o coronel José Baptista de Lima Filho na sede da Argeplan, em São Paulo. No local, funcionários da empresa disseram que ele “não aparece” há pelo menos uma semana. Vizinhos e comerciantes dos arredores da companhia confirmaram a versão da “ausência” de Lima.
Marcelo de Azeredo não foi localizado pela reportagem.
Questionada na quinta-feira, 8, se estava reabrindo investigação sobre supostos pagamentos de vantagens indevidas de empresas que atuam no Porto de Santos a pessoas ligadas a Temer, a Polícia Federal afirmou, por meio de sua assessoria, que não iria se manifestar sobre o assunto.