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'Presidente não fica irritado', diz Temer sobre críticas de FHC

Interlocutores haviam dito que Temer acusou FHC de ter 'intenções eleitorais'

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Foto do author Vera Rosa
Por Vera Rosa
Atualização:
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso Foto: JF DIORIO/ESTADÃO

BRASÍLIA - O presidente Michel Temer negou nesta segunda-feira, 6, que tenha ficado irritado com o artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, intitulado "Hora de Decidir", publicado pelo Estado na edição desse domingo. No texto, Fernando Henrique pede ao PSDB que desembarque do governo na convenção do partido, marcada para dezembro.

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"Presidente da República não fica irritado", disse Temer, por meio de sua assessoria. "Tenho mais de 30 anos de estrada e não fico irritado nem magoado. Não fiz qualquer análise sobre esse artigo."

A informação sobre a contrariedade do presidente foi confirmada pelo Estado com dois interlocutores que conversaram com ele no domingo. Temer, porém, negou "de forma categórica" ter atribuído às ações de Fernando Henrique apenas interesses eleitorais, com o objetivo de derrotar o PMDB na disputa de 2018.

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O PSDB está dividido sobre o apoio ao governo e o racha ficou ainda mais evidente no último dia 25, durante a votação da segunda denúncia contra Temer, por obstrução da Justiça e organização criminosa, pelo plenário da Câmara. Na bancada tucana, 23 deputados votaram contra Temer e 21 se posicionaram pelo arquivamento da investigação.

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Em seu artigo, Fernando Henrique observou que o PSDB pode apresentar "algum nome competitivo" na eleição de 2018, "mas precisa passar a limpo o passado recente". Para o ex-presidente, os tucanos devem prosseguir no mea-culpa apresentado em agosto no programa partidário de TV, sob a orientação do senador Tasso Jereissati (CE), que comanda a sigla interinamente. Na época, o PSDB criticou o "presidencialismo de cooptação" e admitiu erros.

"(...) Ou o PSDB desembarca do governo na convenção de dezembro e reafirma que continuará votando pelas reformas ou sua confusão com o peemedebismo dominante o tornará coadjuvante na briga sucessória", escreveu Fernando Henrique no artigo.