PUBLICIDADE

Presidente interino aposta na nova geração para comandar PSDB

Pressionado a ficar no cargo até dezembro, Tasso Jereissati diz que prefere nome da ala jovem no comando da sigla

Foto do author Pedro  Venceslau
Por Pedro Venceslau e Renan Truffi
Atualização:

Mesmo sendo um quadro histórico do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) tornou-se o principal líder dos “cabeças-pretas” – grupo formado majoritariamente por jovens parlamentares tucanos que pregavam o rompimento da legenda com o governo Michel Temer. 

A batalha do desembarque foi perdida para os “cabeças-brancas” governistas, mas o senador cearense, que preside interinamente o PSDB, aposta em um nome da nova geração para assumir o comando da sigla na convenção nacional do partido, em dezembro. 

O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), em seu gabinete no Senado Federal, em Brasília Foto: André Dusek/Estadão

PUBLICIDADE

“Defendo que seja um nome novo, alguém da nova geração e com mensagem mais fresca”, disse Tasso quando questionado sobre o perfil ideal do próximo dirigente da legenda. “Um cabeça preta de mentalidade”, concluiu, deixando claro que não está “excluindo ninguém”.

O senador afirmou que não pretende se apresentar para a reeleição no PSDB em dezembro, mas há uma forte pressão de parte do partido para que ele mude de ideia. 

“Ele é o melhor nome que o partido tem hoje, ele é o cabeça-preta. Tem conduzido o partido de uma forma extremamente correta. Tasso é a pessoa ideal. Vai ter um apelo muito grande para que ele seja (candidato). Se ele continuar dessa forma, não tenho dúvida de que ele será o presidente do PSDB”, defendeu o líder do PSDB na Câmara, deputado Ricardo Tripoli (SP). 

Aliado do senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente afastado da sigla, o deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG) classificou de “simplista” e “populista” a declaração de Tasso de que é preciso eleger um presidente com mentalidade de “cabeça-preta”. “Eu vejo nisso uma expressão populista, se ele usou mesmo esse termo. É um chavão que não consegue traduzir de maneira verdadeira o que acontece no PSDB. É simplista e joga para a plateia. É essa política de jogar para a plateia que queremos combater”, afirmou Sávio, que também é presidente do PSDB em Minas. 

“Teve cabeça-preta que votou a favor de Temer e cabeça-branca que votou contra. A pior pessoa pra assumir PSDB é aquele que se submete a uma corrente”, concluiu Nárcio. 

Publicidade

Já o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, vice-presidente do PSDB, defende um nome “com história e que tenha o que mostrar”.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.