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Presidente faz apelo ao Congresso

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Fernando Henrique Cardoso encerrou a reunião ministerial fazendo um apelo ao Congresso, por intermédio dos líderes dos partidos governistas que estavam presentes, para que as propostas legislativas que, em sua exposição, foram relacionadas por ele como prioritárias sejam votadas até o fim do seu mandato. Ele reconheceu que seria demasiado pedir aos parlamentares que se dedicassem a essas matérias após o mês de junho, quando começa oficialmente a campanha eleitoral. Mas lembrou que as leis do Plano Real foram elaboradas entre outubro de 1993 e março de 1994 e que a crise energética foi resolvida em quatro meses. "Nós vamos governar até o fim do mandato, como se estivéssemos no início do mandato", afirmou. "Nós vamos continuar no rumo, porque o Brasil tem rumo e está avançando, e não vamos deixar que esse avanço esmoreça no último ano. Onze meses é muito tempo, e esse tempo não pode ser perdido, porque o Brasil precisa do nosso trabalho". Ele enfatizou que as matérias precisam ser votadas, mesmo que o governo seja derrotado nas votações. CPMF Entre as propostas que foram apresentadas como prioritárias para votação pelo Congresso, este ano, o presidente mencionou a prorrogação da CPMF que, segundo ele, precisa ser votada até março, sob pena de uma perda semanal de arrecadação de R$ 400 milhões. Ele mencionou, também, a unificação da legislação do ICMS; a regulamentação do sistema financeiro; a valorização dos acordos trabalhistas coletivos; a previdência complementar dos servidores públicos; os projetos referentes à seguranças pública; a regulamentação da titularidade do saneamento básico e o Estatuto do Índio. "Não é uma agenda pesada, e o Brasil precisa que se vote isso", afirmou. O presidente disse, também, que faz questão absoluta que sejam cumpridas, neste ano, todas as metas do Projeto Alvorada (renda mínima). Fernando Henrique observou ainda, em seu pronunciamento, que haverá eleições, este ano, e que este fato ocorrerá dentro da normalidade de um sistema democrático. Neste contexto, observou que "será ridículo falar em uso da máquina" porque, segundo ele, isso seria inútil para a conquista de votos. ?Não vamos deixar jogar fora o novo Brasil? O presidente Fernando Henrique Cardoso disse que, apesar dos avanços obtidos em seu governo, é necessário se avançar mais. Ele argumentou, no entanto, que os próximos passos não poderão comprometer as vitórias obtidas. "É preciso avançar mais, mas não dizer ´joga fora tudo que está aí´. Não vamos deixar jogar fora o novo Brasil. O País não vai deixar". O presidente afirmou que espera do seu sucessor a realização de um governo melhor que o seu. "Mas não para destruir o que o povo fez, isto não", completou. Segundo o presidente, o rumo está dado e há um projeto de Brasil "e devemos segui-lo com mais energia".

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