Presidente do TRF-4 afirma que decisão sobre Lula saíra antes da eleição

Sentenciado por Moro, ex-presidente ficará inelegível se for condenado em segunda instância

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Por Redação
Atualização:

O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª. Região (TRF-4), em Porto Alegre, o desembargador Carlos Thompson Flores, afirmou nesta quinta-feira que o processo envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato deverá ser julgado até a eleição de 2018.

Na quarta-feira, o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª. Vara Federal de Curitiba, condenou Lula a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).

Lula em coletiva na sede do PT, em São Paulo, após ser condenado pela Justiça Foto: Miguel Schincariol/AFP

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Cabe recurso e o ex-presidente vai responder em liberdade. A decisão de Moro, porém, precisa ser confirmada na instância superior – neste caso o TRF-4, em Porto Alegre, presidido pelo desembargador Carlos Thompson Flores.

"Eu imagino, isso aqui é uma especulação minha, acredito que esse processo por agosto, no mais tardar setembro, vai estar no Tribunal. E que até agosto do ano que vem, temos calendário eleitoral, deva estar julgado ou pautado para julgamento", afirmou Thompson em entrevista à rádio Bandnews.

A sentença de Moro, porém, remete incertezas aos planos eleitorais do maior líder petista. Lula, que age como pré-candidato à Presidência em 2018 e lidera as pesquisas, poderá ficar inelegível se a decisão for confirmada pelo TRF-4.

"Quanto a isso posso afirmar, com quase absoluta certeza, que antes da eleição esse processo (do ex-presidente Lula) estará julgado pautado no tribunal", disse Thompson. "É algo natural, não haverá nenhum privilégio. Não só o Lula, tem outros (políticos) que pretendem concorrer. Faz parte do rito natural (do processo)."

Thompson afirmou que, com a sentença desta quarta-feira, o juiz Sérgio Moro já proferiu 32 sentenças na Operação Lava Jato. Dessas, 28 apelações chegaram ao TRF-4 e 12 já foram julgadas e 16 estão em vias de julgamento.

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