Presidente do TRE-SE diz que reagiu a ataque

Por ANTONIO CARLOS GARCIA
Atualização:

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral em Sergipe (TRE-SE), desembargador Luiz Mendonça, afirmou hoje, durante entrevista coletiva, que reagiu no momento em que quatro homens tentaram matá-lo, ontem, na avenida Beira Mar, zona sul de Aracaju. O magistrado contou que se abaixou no assoalho do carro em que estava no momento do ataque. Ele, então, encontrou uma arma embaixo do banco do motorista. Mendonça disse ele conseguiu disparar a arma, o que teria afastado os criminosos."Quando os tiros começaram logo percebi que os resíduos vinham de encontro a minha cabeça, me abaixei no carro e me deitei no banco, mas percebi que no banco estavam passando muitos projéteis próximos ao meu corpo. O carro balançava muito, eu me senti dentro de uma rede, uma rede desconfortável. Desci mais para o assoalho e percebi que o motorista Jailton Pereira tinha aberto a porta do carro e desabou", afirmou.Com a queda do motorista, Mendonça imaginou que os bandidos se aproximariam do carro. "Eu levantei a cabeça para visualizar o campo de ação, pois eu tinha noção de onde estava partindo os disparos. Quando percebi a aproximação deles, e vendo a arma que era acautelada ao motorista, peguei aquela arma no piso do carro e efetuei o disparo que eles, ao perceberem, se afastaram", contou.O presidente do TRE-SE explicou que quando os bandidos se afastaram, ele saiu de dentro do carro com arma em punho. "No momento em que eles saíram, eu também saí do veículo com a arma na mão observando se não tinha alguém ainda dando apoio. Uma pessoa que me conhecia passou e disse que levaria ao hospital, aí eu já tinha a segurança que dali para frente o que poderia encontrar era a segurança pública", afirmou.Crime políticoMendonça descartou que o crime tenha sido político e disse que as eleições em Sergipe transcorrem tranquilamente. "A motivação política eu descarto totalmente, pois eu conheço todos os políticos de Sergipe. A eleição está sendo conduzida de forma pacífica, ordeira, sem qualquer desmando. Não é a nossa cultura a violência, não é isto que o povo sergipano costuma levar para as urnas. Recomendo apenas que todos cumpram as leis para não ter problema após as eleições."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.