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Presidente do Senado determina corte de 3.780 terceirizados e comissionados

Por Eugênia Lopes
Atualização:

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pretende demitir, até o fim do ano que vem, 3.780 empregados terceirizados e comissionados da Casa. A informação é da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que preparou estudo de reestruturação do Senado. Segundo a FGV, Sarney deu ordens para que haja um corte de 60% do total de 6,8 mil cargos comissionados (2,8 mil) e de terceirizados (3,5 mil). O início da largada do enxugamento da estrutura do Senado será dado hoje com o anúncio do corte de 30% dos terceirizados, o que representa a demissão de 1.050 pessoas. "Faremos esse corte o mais rápido possível, a medida que forem sendo revistos os contratos de prestação de serviços", afirmou ontem diretor da FGV, professor Bianor Cavalcanti. A ideia é rever os 38 contratos de prestação de serviços firmados pelo Senado com empresas. A proposta é cortar, em média, 25% de pessoal em cada um desses contratos. Também para reduzir gastos e pessoal haverá unificação de contratos de segurança e limpeza, hoje responsáveis pela maioria dos 3,5 mil terceirizados que trabalham no Senado. Segundo o primeiro secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), 20 contratos de terceirizados já foram auditados e detectadas "as gorduras", ocasionando uma economia de "mais de R$ 50 milhões". Em uma segunda etapa, os 2,8 mil cargos em comissão, a maioria preenchida por apadrinhados políticos, serão alvo de demissão. Não há ainda um porcentual definido de cortes. A FGV propôs a redução das 602 funções gerenciais para 412. Ou seja, uma redução de 31,6% das funções, com economia mensal de R$ 340 milhões nos gastos com pagamento de comissionados. Mas uma comissão formada por servidores do Senado defende redução menor, para 443 funções comissionadas, o que ocasionaria uma economia de R$ 292 milhões por mês. "Boa parte dessas funções que serão cortadas está nos cargos mais altos", explicou Dirceu Teixeira de Matos, consultor do Senado e presidente da Comissão Técnica Especial que coordenou a reestruturação. Além do corte nas funções comissionadas, a Fundação Getúlio Vargas propôs, e já foi aceito pela direção do Senado, a redução para nove do número de diretorias da Casa.

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