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Presidente do PT do Rio defende 'corpo a corpo' na Câmara para barrar impeachment

Washington Quaquá afirmou que o governo errou ao 'agir como se o Congresso fosse organizado por partidos'; para ele, Planalto devia ter negociado com cada parlamentar individualmente

Por Luciana Nunes Leal
Atualização:

RIO - O presidente do PT no Rio, Washington Quaquá, disse nesta terça-feira, 29, que será preciso “negociar com cada deputado individualmente, independentemente do partido”, para tentar barrar o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara. Para o dirigente petista, o governo errou ao dialogar com os partidos, como se houvesse unidade nas legendas governistas.

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“Temos que preservar nossos aliados, de qualquer partido, construir pontes no Congresso. Com poucas exceções, os partidos são apenas abrigos eleitorais. A Câmara é um aglomerado de deputados. O governo errou ao agir como se o Congresso fosse organizado por partidos. Devia ter negociado com cada parlamentar individualmente. Agora não tem outra coisa a fazer a não ser procurar cada deputado, chamar cada um à consciência. E vamos manter a mobilização nas ruas contra o golpe”, afirmou Quaquá, que embarca na noite desta terça-feira para Brasília. “Vou fazer corpo a corpo”, disse. As próximas manifestações contra o impeachment acontecerão na quinta-feira, 31.

Na sexta-feira, 25, Quaquá disse que o rompimento do PMDB com o governo, com apoio do diretório do Rio de Janeiro, implicaria no fim da aliança entre pemedebistas e petistas para as eleições municipais na capital. Segundo Quaquá, o PT iria retirar o apoio ao candidato do prefeito Eduardo Paes (PMDB), o secretário municipal de Coordenação de Governo, Pedro Paulo Carvalho.

Nesta terça-feira, Quaquá disse que a prioridade é lutar contra o impeachment. “Vamos ver quem vai entrar na política do golpe e quem vai defender a verdade e depois falamos de eleições municipais”, declarou.

O presidente do PT no Rio disse que vai conversar com Paes, que não compareceu à reunião do diretório nacional, e com o presidente do PMDB do Rio, Jorge Picciani. O peemedebista defendeu o rompimento do governo, depois de ter feito parte do grupo de peemedebistas que defendiam a presidente Dilma. Jorge Picciani é pai do líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, contrário à saída do partido do governo.