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Presidente do PSOL diz que vai processar Lobão e Malafaia por mentiras nas redes contra Jean Wyllys

Segundo Juliano Medeiros, os irmãos Carlos e Eduardo Bolsonaro também devem ser acionados; dirigente participou de ato de apoio ao correligionário em São Paulo, que também teve presença de Guilherme Boulos, Fernando Haddad e Manuela d'Ávila

Por Ricardo Galhardo
Atualização:

O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, disse nesta terça-feira, 29, que o partido vai protocolar nesta quarta-feira, 30, queixas crime contra o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSL), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o cantor Lobão e o pastor Silas Malafaia por difundirem mentiras nas redes sociais contra o partido e o ex-deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ). Wyllys teve o pedido de renúncia ao mandato formalizado nesta terça-feira

O ex-deputadoJean Wyllys (PSOL-RJ) Foto: André Dusek/Estadão

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"Quem inventar mentira contra a gente pode preparar o bolso porque vamos processar", afirmou o presidente do PSOL. Medeiros não explicou quais seriam as mentiras. Malafaia, Lobão, Carlos e Eduardo Bolsonaro não foram encontrador na noite desta terça-feira para falar sobre as acusações do dirigente.

Medeiros disse que vai processar os adversários durante um ato em defesa de Jean Wyllys realizado na noite desta terça-feira na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, em São Paulo.

Além da direção do PSOL, o ato reuniu os candidatos derrotados à Presidência Guilherme Boulos (PSOL) e Fernando Haddad (PT), a deputada estadual Manuela d'Ávila (PCdoB-RS), vice do petista nas eleições 2018, artistas como a cartunista Laerte, o cantor Criolo e o escritor Fernando Morais, juristas, ativistas da causa LGBT, do movimento negro e da defesa dos direitos humanos, além de centenas de simpatizantes que lotaram a salas dos estudantes da faculdade. 

Além do apoio a Jean Wyllys, que anunciou que vai renunciar ao mandato de deputado devido a ameaças de morte, os discursos se voltaram contra o governo Jair Bolsonaro, pedidos de punição aos assassinos da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e em defesa da libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Estamos aqui para dar um recado: eles podem muito mas não podem tudo", disse Medeiros.

Confusão. No ato, houve uma confusão envolvendo o deputado estadual eleito Arthur "Mamãe Falei" do Val (DEM-SP). Acompanhado de quatro aliados, Arthur foi expulso do local aos chutes, empurrões e palavrões enquanto gravava vídeos para o seu canal no YouTube. 

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Minutos depois, acionados por Oliver Delgado, que se identificou como assessor do deputado eleito, cinco carros, duas motos e mais de 20 homens da Polícia Militar, alguns deles exibindo escopetas, fecharam o trânsito na Rua Riachuelo, por onde entravam os participantes do evento. 

Segundo o tenente Martins, a PM foi acionada via 190 para atender a solicitação de uma pessoa que se dizia impedida de transitar em espaço público. Questionado sobre a nescessidade daquele aparato para atender uma ocorrência simples, o tenente Martins negou que o fato de Arthur ser deputado eleito tenha influenciado.

"Enquanto houver risco à integridade física de alguém, qualquer cidadão, a PM estará à disposição", disse o policial.

Militantes do PSOL justificaram a expulsão alegando que Arthur estava provocando os participantes do ato. O deputado eleito negou. "Cheguei quieto, Eles têm um pré-conceito", disse ele.

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