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Presidente do PSDB paulista renuncia e diz que não aceita ser 'office boy' de Doria e Covas

Deputado estadual Pedro Tobias diz que 'não agradou à cúpula' e que estava sendo isolado por governador e prefeito

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Foto do author Pedro  Venceslau
Por Pedro Venceslau
Atualização:

Presidente estadual do PSDB paulista, o deputado estadual Pedro Tobias surpreendeu o partido na noite dessa segunda-feira, 25, e apresentou sua carta de renúncia durante uma reunião da executiva da sigla na capital. 

Seu substituto será o ex-deputado Miguel Haddad, que é o 1° vice presidente do partido.

Pedro Tobias, ex-presidente do diretório estadual do PSDB em São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

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"Não agradei à cúpula. O presidente do PSDB não pode ser 'office boy' de governador e prefeito. Juntou o pessoal do João Doria e do Bruno Covas e eu fiquei fora. Estavam me isolando ", disse Tobias ao Estado. 

Ainda segundo Tobias, o PSDB virou uma "zona total" e reuniões foram convocadas pelo WhatsApp sem que ele fosse informado.Com apoio do governador João Doria, o ex-deputado e secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, deve ser eleito em maio o novo presidente do PSDB paulista.

O secretário-geral do diretório paulista do PSDB, César Gontijo, disse que a solicitação de renúncia de Tobias foi "prontamente rechaçada" pelo colegiado. A executiva suspendeu a reunião na qual a carta foi apresentada e encaminhou um pedido para que a renúncia seja reconsiderada.

"O presidente Pedro Tobias representa não apenas a voz da militância tucana, mas foi, nesses quase seis anos de mandatos, a expressão máxima da democracia interna, da lealdade e da valorização da identidade do PSDB", disse Gontijo.

Ao Estado, Tobias disse que mantém a renúncia mesmo com o pedido de reconsideração. 

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"Ainda que seja a apenas dois meses do fim de seu mandato como presidente do diretório estadual, lamento muito a renúncia do Pedro", disse o secretário da Casa Civil da prefeitura e presidente do PSDB paulistano, João Jorge. "O partido está passando por mudanças e renovação. Há que compreender o momento, o partido e suas novas lideranças. O deputado, quem nem disputou a reeleição, já vinha dando sinais de cansaço da vida pública e da política partidária."

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