PUBLICIDADE

Presidente da FPF admite ter contratado empresa para obter informação

Marco Polo Del Nero diz que buscou informações de uma pessoa, que 'nada tem a ver com suas atividades de direção da Federação Paulista de Futebol'

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - O presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, indiciado pela Polícia Federal nesta segunda feira, 26, por suposto envolvimento com integrantes de organizações criminosas, disse que contratou empresa "prestadora de serviços" para obter informações "mais detalhadas acerca da vida pretérita" de uma pessoa - da qual não revela o nome - "em face da necessidade de formalizar situação jurídica de caráter eminentemente pessoal com terceira pessoa".

PUBLICIDADE

Del Nero afirma que essa pessoa "nada tem a ver com suas atividades de direção da Federação Paulista de Futebol".O dirigente foi conduzido coercitivamente para a sede da PF em São Paulo que deflagrou a Operação Durkhein para cumprimento de 33 ordens de prisão e 87 de buscas e apreensões.

Em nota, Del Nero diz que foi levado à Delegacia de Combate a Ilícitos Financeiros da PF e esclareceu suspeitas que pesam contra ele.O texto é dividido em 7 capítulos.

Ele afirma que localizou a "empresa prestadora de serviços" na internet,"em publicidade comercial". "Referido prestador de serviços (oferecidos publicamente, o que sugere legitimidade e regularidade), passou, então, a me fornecer algumas informações sobre o comportamento da pessoa indicada, tudo dentro da mais estrita legalidade, inclusive apresentando certidões e informes a todos disponíveis nos registros públicos", assinala Del Nero.

"Deu-se, então, que em determinado momento foi-me oferecido um relatório sobre mensagens escritas enviadas por essa pessoa a terceiros, o que despertou estranheza e preocupação visto que tal proceder extravasa da normalidade da simples verificação e adentra a órbita do proibido", prossegue. "Foi por essa razão que, diante de um relatório de investigação social que estaria a conter alusão a supostos diálogos captados , dispensei tais serviços, incontinenti".

Ainda segundo Del Nero, "ocorreu, então, que tal prestadora de serviços veio a cair nas malhas dessa denominada "Operação Durkhein" da Polícia Federal, e em sua sede foram encontrados registros dos serviços que me havia prestado anteriormente".

"Por tal razão as investigações policiais foram estendidas e culminaram com busca e apreensão de documentos e computadores em minha residência e até na FPF que nada tem a ver com meus assuntos pessoais", destaca; "Diante de tal cenário dispus-me a comparecer, espontânea e imediatamente, à sede Polícia Federal, onde prestei os esclarecimentos que se faziam necessários; claro que não posso nominar as pessoas envolvidas no episódio em razão do segredo de Justiça decretado naqueles autos, sob pena de cometer violação de sigilo de justiça, que constitui delito. Reitero, no entanto, expressa e veementemente, que os fatos nenhuma ligação têm com o futebol, paulista ou nacional, com qualquer delito financeiro a mim imputável ou com minhas atividades de advogado militante."

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.