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Presidente da CNI cobra redução da alíquota já

Por Beatriz Abreu , Lu Aiko Otta , Ribamar Oliveira e BRASÍLIA
Atualização:

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE), defendeu ontem a redução imediata da alíquota da CPMF e a fixação de cronograma para a sua extinção. A idéia dele é que a alíquota caia dos atuais 0,38% para 0,20%, a partir de janeiro. "O comportamento da receita tributária este ano mostra que existe espaço fiscal para reduzir a CPMF", disse Monteiro, que integra a base aliada do governo. A prorrogação da CPMF, que acaba em dezembro, está em discussão na Câmara. A posição do presidente da CNI mostra a dificuldade que o governo enfrentará para aprovar a prorrogação. O Planalto já avisou, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que não tem condição de ficar sem a CPMF. Novo embate será travado hoje, em São Paulo. Mantega e o ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, vão discutir com o grupo de trabalho do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) proposta de reforma tributária que apresentaram ao presidente Lula em julho. Os empresários querem um limite para a carga tributária e a redução imediata da CPMF. Mantega rejeitou as duas medidas. O presidente da CNI apresentou ontem dados que mostram forte aumento das receitas do Tesouro Nacional este ano e estimativas que apontam crescimento maior em 2008. Segundo ele, a receita líquida projetada pelo governo para o próximo ano deve ficar em torno de R$ 548 bilhões - aumento de R$ 46 bilhões em relação à receita líquida prevista para este ano. "O aumento projetado é maior do que a receita da CPMF", observou Monteiro. Para este ano, a expectativa é que a receita do tributo fique em R$ 36 bilhões.

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