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Presidente da Câmara cria comissão para agilizar royalties na 3a

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Por Redação
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O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), afirmou nesta segunda-feira que assinará na terça-feira ato de criação de uma comissão especial para agilizar a discussão do projeto de divisão dos royalties oriundos da exploração de petróleo. A comissão especial, onde será debatido o rateio de royalties e participação especial entre os entes federativos, pode encurtar o trâmite do projeto na Casa. Se não fosse criado esse grupo de trabalho específico, a proposta teria de passar por pelo menos três comissões. "Eu vou assinar o ato amanhã, pela parte da manhã, e ela deve ser instalada, portanto, na próxima semana", disse o presidente a jornalistas. Maia ressaltou que o prazo de tramitação da matéria na comissão pode ser ainda mais encurtado se houver acordo entre líderes. "Vai depender dos acordos e do debate que for feito no próximo período", explicou. O projeto, relatado no Senado por Vital do Rêgo (PMDB-PB), foi aprovado por senadores em 19 de outubro. Ele estabelece que União e Estados produtores cedam parte da receita que teriam direito aos Estados não produtores. Por esse motivo, a matéria causa polêmica e enfrenta resistência de parlamentares de Estados produtores da commodity, como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. LIMPAR A PAUTA Ainda de acordo com o presidente da Casa, a próxima semana será dedicada à votação de medidas provisórias que trancam a pauta da Câmara. Só assim será possível abrir uma brecha para que outros projetos, como o da redistribuição dos royalties, possam ser votados. Maia afirmou que foi fechado acordo entre líderes da Câmara para realizar sessões, inclusive extraordinárias, durante todo o dia na terça, na quarta e na quinta-feira da semana que vem. "Nós queremos destrancar a pauta da Câmara na semana que vem e ter uma janela de dois dias para a votação de outros projetos, de outras matérias", afirmou. Além da faxina na pauta de votações, Maia quer ainda iniciar a votação da prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU). O mecanismo, que vence em dezembro deste ano, permite ao governo utilizar 20 por cento da arrecadação livremente e auxilia na obtenção do superávit primário. (Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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