PUBLICIDADE

Presidente cria 4 áreas de proteção

Anúncio foi feito em comemoração ao Dia do Meio Ambiente

PUBLICIDADE

Por Tiago Décimo
Atualização:

Pouco antes da chegada do presidente Lula a Caravelas, no extremo sul baiano - onde anunciaria a criação de quatro áreas de proteção ambiental no País, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente -, o agricultor Benedito Jorge do Espírito Santo, de 48 anos, olhava fixamente o palco preparado para receber o presidente. Herdeiro de uma propriedade de 64 hectares na Ilha de Cassurubá, na qual ele planta mandioca, milho, abacaxi e manga, ele se preparava para ouvir, do próprio Lula, em quem diz ter votado, que sua terra passaria a integrar a nova Reserva Extrativista (Resex) de Cassurubá. "Meu avô comprou aquelas terras em 1938, temos toda a documentação e sempre cuidamos bem delas", conta. "Agora, vem isso. Estamos preocupados com a desapropriação, temos medo de não vermos a indenização fundiária." Lula chegou a Caravelas depois de uma visita ao Arquipélago de Abrolhos. E assinou os decretos de criação da Resex de Cassurubá, que havia sido anunciado no fim de 2007, e de outras duas, a Renascer, no Pará, e a da Prainha do Canto Verde, em Beberibe, no Ceará. Juntas, somam mais de 500 mil hectares. Além delas, foi criada a unidade de conservação Monumento Natural Talhado do Rio São Francisco, na divisa entre Bahia, Sergipe e Alagoas. O presidente também assinou o decreto de criação do Programa de Manejo Florestal Comunitário e Familiar. A cada assinatura, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, comemorava com socos no ar. "A Resex é a reforma agrária do pescador", disse. Empolgado, Minc chamou Lula de "ecopresidente". Lula comentou as discussões públicas promovidas, nos últimos dias, por Minc e os ministros dos Transportes, Alfredo Nascimento, e da Agricultura, Reinhold Stephanes. "Quando um pai tem muito filho e sai de casa, os filhos fazem algazarra e brigam", comparou. "Pretendo reunir os filhos para que eles se coloquem de acordo, porque não tem sentido briga entre ministros."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.