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Presidente cobra civilidade de políticos

Sob aplausos, Lula diz na PB que é preciso saber quando fazer oposição

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Por Angela Lacerda
Atualização:

Em discurso para uma platéia calorosa, de 800 pessoas, no Teatro Paulo Pontes, no Espaço Cultural de João Pessoa, o presidente Lula criticou seus opositores e disse que a classe política precisa ser ''''mais civilizada''''. ''''Enquanto a classe dirigente fica brigando pequeno, com mesquinharia, o povo fica sofrendo, o povo fica na expectativa que apareça um milagroso para salvá-lo e não tem'''', disse, sob aplausos. Ele afirmou ser preciso discernir o momento de fazer oposição e o momento de pensar o País. E reclamou que no Brasil a eleição não termina nunca. ''''Acabou uma eleição, ela continua, é eterna e você pode mandar qualquer projeto, pode ser para melhorar, mas se é contra o governo dizem: ''''Eu voto contra, eu não voto favorável''''. Não se preocupam sequer em analisar se aquilo vai beneficiar o povo do nosso País.'''' O presidente ressaltou a necessidade de ter políticas públicas justas e fazer parcerias. ''''É preciso que a gente contribua, independente do partido a que se pertença. Não quero saber em quem o eleitor votou na eleição de outubro, se em mim ou no adversário'''', afirmou. Recebido aos gritos de ''''Lula'''' e com slogans da campanha, o presidente anunciou a liberação de R$ 316,8 milhões de recursos federais para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que vai beneficiar 850 mil pessoas de cinco cidades de maior porte da Paraíba, incluindo a capital, com obras de saneamento e urbanização de favelas. Foi elogiado em todos os discursos, do arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto, ao governador tucano Cássio Cunha Lima, todos favoráveis à transposição do Rio São Francisco. Cunha Lima frisou que Lula tem seu apoio ''''irrestrito, pleno e incondicional''''. Afirmou que a Paraíba ''''agradece de pé'''' - toda a platéia levantou neste momento - e ''''está unida em torno da integração do País''''. Integravam a comitiva do presidente Lula a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro das Cidades, Márcio Fortes.

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