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Presença do Exército na Raposa não vai gerar tensão, diz Jobim

Segundo ministro da Defesa, discurso sobre presença das Forças Armadas na reserva é de ONGs, não de índios

Por Alberto Komatsu
Atualização:

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, avaliou nesta sexta-feira, 12, que uma eventual presença do Exército na reserva indígena Raposa Serra do Sol (Roraima) não vai gerar um clima de tensão com os índios. No último dia 10, o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento de uma ação sobre a demarcação da reserva, sendo que oito dos 11 ministros do STF votaram a favor dos índios, que reivindicam a demarcação contínua, sem dividir a reserva em ilhas, como defende o governo estadual de Roraima e os arrozeiros que ocupam a região. O julgamento foi adiado e só deverá ser reaberto em 2009, mas já definiu que o Exército pode ter acesso à reserva para defender a fronteira.   Veja também: Mendes diz que entrada livre da PF em áreas indígenas é certa Chance de STF mudar votos da Raposa é zero, diz Dalmo Dallari Repórter do 'Estado' é proibido de entrar na Raposa após julgamento  TV Estadão: Assista ao voto dos ministros e o debate no STF  Blog da Raposa - o julgamento no STF  A disputa pela Raposa Serra do Sol  Entenda a sessão do STF e veja como votaram os ministros em outras questões  Leia a íntegra do voto do relator, a favor da demarcação contínua  Tarso e Mendes descartam acirramento de conflitos Para governador, arrozeiros terão de sair de Raposa Índios vencem no STF, mas decisão sobre Raposa é adiada   "Esse discurso de que a presença das Forças Armadas dentro dessa área indígena gera tensão é um discurso de Organizações Não Governamentais, não é discurso de índio. Índio não pensa assim", afirmou Jobim, que participou do Seminário internacional sobre concessão de aeroportos, realizado pela Anac num hotel da zona sul do Rio.   De acordo com o ministro, o Exército não terá problemas ao acessar a reserva por "uma razão muito simples": 80% do efetivo do Exército da Amazônia é composto por índios.

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