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Prefeituras são "bombas-relógio"

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário de Previdência Social do Ministério de Previdência e Assistência Social, Vinícius Carvalho Pinheiro, disse nesta quarta-feira que muitas prefeituras estão com "bombas-relógio" armadas. "Caso elas não sejam desarmadas, vai começar a faltar recursos para educação básica, limpeza e iluminação", afirmou. "Se não forem tomadas medidas urgentes para a previdência municipal, quem vai ser prejudicado é a população, pois haverá migração de recursos." Segundo ele, 2.750 municípios brasileiros têm regimes previdenciários próprios, e, destes, apenas 10% estariam com a situação adequada à legislação. "A nossa esperança é de que os novos prefeitos se conscientizem em relação aos problemas previdenciários e tomem providências nos dois primeiros anos, pois é um pré-requisito para governar bem nos dois últimos anos", afirmou. Em relação aos Estados, o secretário de Previdência disse que houve um "movimento razoável" nos dois últimos anos. De acordo com Pinheiro, 14 Estados já adotaram alguma medida em relação à estruturação do sistema previdenciário, seja aumentando a contribuição, separando saúde e previdência ou criando um fundo previdenciário. Pinheiro é um dos participantes do 1º Seminário Nacional de Previdência Funcional e Experiência Internacional, que termina nesta sexta-feira, em Curitiba. A questão da contribuição dos inativos é um dos assuntos principais da discussão. "É uma medida crucial para o equilíbrio das contas previdenciárias", afirmou o secretário da Previdência. Segundo ele, em razão de não haver essa contribuição, o sistema de aposentadoria e pensão no serviço público brasileiro é "contrário a tudo o que existe no mundo". "Nós pagamos para a pessoa se aposentar", criticou. Para Pinheiro, os servidores não têm culpa das distorções criadas ao longo do tempo. "Mas é injusto que o peso recaia somente sobre quem está trabalhando."

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