PUBLICIDADE

Prefeitura de Cotia acusada de superfaturar salários

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Contratada no início do ano pela prefeitura de Cotia, na Grande São Paulo, a funcionária Isabel de Fátima Souza Montani, de 49 anos, descobriu que seu salário real era bem maior que os R$ 600,00 que vinha recebendo todo mês. Ao pesquisar os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), verificou que estava registrada com salário de R$ 2.780,11. Ela não obteve explicações e procurou a Delegacia de Polícia. Com base neste e em outros casos, o vereador Santo Siqueira, candidato a prefeito pelo PT, protocolou representação, nesta sexta-feira, na Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo, denunciando o prefeito Joaquim Horácio Pedroso, candidato à reeleição pelo PSDB, por abuso do poder político. Segundo ele, o prefeito está usando a empresa municipal Procotia para superfaturar os salários dos funcionários e fazer contratações fantasmas, burlando a legislação eleitoral. De acordo com a denúncia, a Procotia vinha gastando em média R$ 2,6 milhões com os salários dos funcionários até abril de 2004. Dois meses depois, segundo o vereador, o valor da folha pulou para R$ 4,4 milhões, com um aumento de 59,7%. "Há fortes evidências da possível existência de dois sistemas de pagamento, sendo que pelo oficial o funcionário recebe o salário normal, enquanto pelo outro, o caixa 2, teria creditada em sua conta a diferença, mas sem a ela ter acesso. O presidente da Procotia, Joaquim Pereira da Silva, disse que as acusações não procedem. Segundo ele, a empresa administra mais de mil funcionários da prefeitura e a folha de pagamento aumentou apenas R$ 285 mil entre abril e junho, passando para R$ 4,2 milhões. O aumento deveu-se a admissão de 54 funcionários, sendo 20 para cargos de confiança, cujo processo de seleção começou no ano passado. Ele alegou que o caso da funcionária Isabel deveu-se a um erro no sistema de lançamento do FGTS, mas já foi retificado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.