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Prefeito resiste no cargo em Presidente Prudente

Agripino foi condenado pela compra, sem licitação, de equipamentos para um planetário e, por decisão da Justiça, perdeu os direitos políticos por cinco anos

Por Agencia Estado
Atualização:

Mesmo após ter sido condenado à perda dos direitos políticos por cinco anos em decisão da qual já não cabe recurso, o prefeito de Presidente Prudente, Agripino de Oliveira Lima Filho (PSC), continua no cargo. A mesa da Câmara, que deveria destituir o prefeito do cargo e dar posse ao vice Carlos Roberto Biancardi (PTB), ficou em dúvida sobre o procedimento. O presidente da Casa, Wladimir Alves da Cruz (PDT), deu prazo de dez dias para que o prefeito apresente sua defesa. O prazo vence nesta quinta-feira, 19, e Cruz pretende colocar a matéria em discussão no plenário. Parte dos vereadores entende que a destituição do prefeito é atribuição da Mesa da Câmara, não do plenário. A indefinição levou o técnico em eletrônica Mohamed Nasser Abucarna a recorrer à Justiça Eleitoral. Segundo ele, a Mesa da Câmara pode ter incorrido em crime de prevaricação por não ter providenciado o afastamento imediato do prefeito, como determinara a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Agripino foi condenado pela compra, sem licitação, de equipamentos para um planetário instalado na Cidade da Criança em seu mandato anterior. A pena incluiu a cassação dos direitos políticos. O juiz Carlos Lombardi Castilho despachou o processo para manifestação da promotoria que, por sua vez, pediu informações à Câmara. Agripino diz que está sendo vítima de uma "terrível perseguição política". Ele ficou conhecido como o "inimigo número 1" do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) depois que bloqueou com máquinas uma rodovia para barrar, há seis anos, uma marcha organizada pelo líder José Rainha Júnior à cidade.

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