Prefeito diz que todas as regras foram seguidas

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Por Fausto Macedo
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O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), afirmou que sua administração "obedeceu rigorosamente" todos os preços e as regras estabelecidas pela Caixa Econômica Federal. "Dos R$ 239 milhões do PAC para Cuiabá nenhum parafuso foi cotado senão pelo sistema de preços do governo, tudo foi analisado e autorizado pela Caixa", disse Santos. Ele não faz parte do rol de suspeitos da Operação Pacenas. Santos aponta "conflito interno" no governo federal. "Na primeira etapa seguimos os preços da Caixa, na segunda repactuamos conforme determinação da Controladoria-Geral da União. Há um conflito entre Caixa e CGU e nós, prefeitos, estamos no meio dessa briga." O tucano exerce segundo mandato de prefeito - antes, foi deputado federal por 6 anos, estadual por 8 e vereador por 2 anos. Ele disse que a investigação revela "armação de empresários para fraudar concorrência". "A prefeitura e o povo de Cuiabá são vítimas. O Ministério Público Estadual e o Federal acompanharam diretamente todos os procedimentos por nós adotados." Santos disse que "lamenta" a prisão do procurador Antonio Rosa. "(Rosa) não pode ser visto como a prefeitura, é um dos 20 secretários municipais. Em nenhum momento falou em nome da administração, nem tinha autorização." Os irmãos Carlos e Marcelo Avalone, dois empreiteiros presos, negam irregularidades. O criminalista Ulisses Rabaneda, que defende o procurador Rosa, entrou com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal em Brasília. "O decreto de prisão não demonstra prática de qualquer conduta criminosa do procurador. Na interceptação não existe nenhum diálogo que caracteriza fato considerado ilícito. A prisão é absolutamente arbitrária e ilegal."

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