Prefeito de Osasco busca apoio

Visto como ?plano B?, Emidio de Souza roda Estado

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Por Clarissa Oliveira
Atualização:

Enquanto o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci aguarda uma posição do Supremo Tribunal Federal (STF) para dar a largada nas articulações para 2010, o prefeito de Osasco, Emidio de Souza, não perde tempo. Citado corriqueiramente no PT paulista como "plano B" para o caso de a candidatura de Palocci naufragar, Emidio diz que está determinado a conseguir a cabeça de chapa. "Meu nome apareceu como alternativa e acho que está se transformando em plano A", afirma o prefeito. No PT desde a fundação do partido, no início dos anos 80, Emidio foi vereador e deputado estadual, antes de se eleger prefeito de Osasco pela primeira vez, em 2004. Em 2006, mesmo ano em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reelegeu, ele conseguiu renovar seu mandato. Mostrando-se despreocupado em deixar o cargo no meio do mandato, se conseguir viabilizar a candidatura ao governo, ele já começou a rodar o Estado em busca de apoio. A prioridade, por enquanto, é conversar com dirigentes partidários e buscar apoio de prefeitos petistas. Os encontros têm sido frequentes. Somente nas últimas semanas, Emidio encaixou em sua agenda visitas a Sorocaba e Campinas, e a vários municípios da Baixada Santista e da Grande São Paulo. Ele também tem conversado corriqueiramente com deputados estaduais e federais. Em todos os casos, aproveitou os encontros para articular sua pré-candidatura. Aliado tradicional do deputado João Paulo Cunha (SP), Emidio é apontado por setores do PT como a principal carta na manga do parlamentar, para garantir seu espaço nas negociações para 2010. Até os que se dizem favoráveis ao nome do prefeito reconhecem que, fora de Osasco, ele é muito pouco conhecido do eleitorado. Em resposta, Emidio investe na tese de que o fato de ser citado entre os cotados para a eleição deve-se justamente à dificuldade que o PT enfrenta para encontrar um candidato natural para a vaga. "O PT precisa de nomes novos", diz Emidio. Marta Suplicy, que até o ano passado era apontada como provável integrante da disputa, saiu enfraquecida da eleição de 2008. Já o senador Aloizio Mercadante (SP), que concorreu em 2006, diz que a prioridade é renovar seu mandato. Apesar de dizer que pretende trabalhar pela candidatura, Emidio nega qualquer plano de enfrentar Palocci numa eventual disputa interna do partido. Otimista, ele diz acreditar que o PT escolherá seu candidato para o Palácio dos Bandeirantes por consenso. "Esta escolha acontecerá sem prévia", diz o prefeito. E a preferência por seu nome, diz, virá com o aval do presidente Lula.

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