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Prefeito de Juiz de Fora-MG é preso na nova Pasárgada

Por Eduardo Kattah
Atualização:

O prefeito da cidade mineira de Juiz de Fora, Carlos Alberto Bejani (PTB), e outras 13 pessoas foram presas hoje pela Polícia Federal (PF), que deflagrou a Operação de Volta para Pasárgada. A operação é resultante da análise do material da Operação Pasárgada, de abril do ano passado, quando foram presas 50 pessoas, entre elas o próprio Bejani, outros 16 prefeitos e um juiz federal, todos suspeitos de integrar de um esquema de liberação irregular de verba do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Ao contrário do que informou anteriormente, a PF confirmou que foram expedidos pelo Tribunal Regional da 1ª Região 14 e não 15 mandados de prisão. Os mandados - sete de prisão preventiva e sete de prisão temporária - foram cumpridos nas cidades de Belo Horizonte e Juiz de Fora. Foram cumpridos também 47 mandados de busca e apreensão, além do arresto de vários veículos de luxo e imóveis na capital mineira, em Juiz de Fora e em Cabo Frio, no Rio de Janeiro. O delegado regional de Combate ao Crime Organizado, Alessandro Moretti, confirmou apenas a prisão preventiva do prefeito de Juiz de Fora. Os nomes dos outros presos não foram divulgados. Segundo Moretti, as investigações da PF colheram indícios da procedência não lícita do montante de R$ 1,12 milhão em espécie encontrado na residência de Bejani quando de sua primeira prisão. A PF encontrou indícios de fraude na versão apresentada pelo prefeito, que alegou que os recursos eram provenientes da venda da Fazenda Liberdade, no município vizinho de Ewbank da Câmara. Segundo Bejani, a pequena propriedade (de 92,41 hectares) foi vendida por R$ 1,2 milhão ao diretor da Abdalla Agronegócios Ltda, Marcelo Abdalla da Silva. Em depoimento na PF, Abdalla da Silva confirmou o negócio, mas não reconheceu o dinheiro apreendido na casa do prefeito e foi indiciado.

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