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Prédio do FMI em Brasília recebe ameaça de bomba

Por Agencia Estado
Atualização:

Ameaças de bombas em dois edifícios comerciais do Plano Piloto de Brasília mobilizaram hoje homens da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro. O Corporate Center e o Trade Center, distantes apenas cem metros um do outro, foram evacuados e passaram por uma varredura, mas não foram encontrados artefatos explosivos. As sedes do Fundo Monetário Internacional e a do Banco Mundial em Brasília funcionam no Corporate Center. O prédio é endereço também do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). ?Depois da ação terrorista nos Estados Unidos, a tendência é aumentar essas denúncias falsas?, lamentou o capitão Agrício da Silva, comandante da Companhia de Operações Especiais da PM. Nos dois casos, as administrações dos prédios receberam telefonemas anônimos. O Coporate Center foi esvaziado. No Trade Center, um prédio de 20 andares, foi localizado um objeto parecido com uma bateria, lacrado e sem explosivo, dentro da caixa da mangueira de incêndio no 9º andar. Os funcionários do Trade Center receberam duas ligações anunciando a existência de uma bomba no edifício. ?O nome aqui é atrativo?, ironizava a advogada Ana Frazão, relacionando o nome do prédio ao World Trade Center, alvo do ataque terrorista nos Estados Unidos. ?Agora já viu, tudo é bomba?, comentava Evandro Araújo, que desistiu de fazer entrega de revistas para um dos escritórios. De acordo com o capitão Agrício da Silva, toda a vez que ocorre fato de grande repercussão no mundo, há um aumento das denúncias falsas de bombas em Brasília. O trote é mais comum do que se pode imaginar. Os bombeiros e a PM atendem a pelo menos uma ocorrência diária, em estabelecimentos comerciais e escolas. ?São pessoas que simplesmente não querem trabalhar, alunos que pretendem matar aula ou pessoas que estranhamente sentem prazer em fazer esse tipo de coisa?, conta. A tese de que o Brasil é uma terra pacífica também havia sido defendida pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Instituicional, general Alberto Cardoso, ainda antes das ameaças, em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Segundo ele, não há indícios de que pessoas residentes no País tenham envolvimento com atos terroristas, como os praticados nos Estados Unidos. Mas confirma que o serviço de inteligência do Brasil está investigando o assunto.

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