
25 de março de 2018 | 18h09
Sem agendas públicas, a maior parte dos pré-candidatos à Presidência da República usou o Twitter para falar com o eleitorado neste domingo, 25. O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, postou duas mensagens, acompanhadas de vídeos curtos, enquanto o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, publicou mais uma imagem sua acompanhada de uma frase sobre ele.
Na primeira mensagem, Alckmin diz que o Brasil tem muitas injustiças, entre as quais a forma como recolhe impostos e "devolve em benefícios para a população, especialmente para os mais pobres". "Precisamos de reformas para corrigir distorções, incentivar o crescimento e gerar empregos", afirma.
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Logo depois, diz que o Brasil precisa de uma reforma de Estado. "O Estado não deve ser empresário. Tudo que puder ser feito pelo setor privado, o governo não deve fazer. O Estado deve se encarregar do que é mais importante para a população, como segurança, educação e saúde".
O Brasil precisa de uma Reforma de Estado. O Estado não deve ser empresário. Tudo que puder ser feito pelo setor privado, o governo não deve fazer. O Estado deve se encarregar do que é mais importante para a população, como segurança, educação e saúde. #PreparadoParaoBrasil pic.twitter.com/YRkCEzla5M — Geraldo Alckmin (@geraldoalckmin) 25 de março de 2018
Meirelles, no estilo que tem adotado para se comunicar, publicou uma mensagem com as cores da bandeira brasileira e com seu nome grafado embaixo da seguinte frase: "Faço tudo com muita seriedade, paixão e desejo de servir o povo brasileiro, independente da posição em que eu esteja".
pic.twitter.com/IqOgCQbUDH — Henrique Meirelles (@meirelles) 25 de março de 2018
Flávio Rocha, que deixou a direção da Riachuelo e procura um partido para concorrer à Presidência, dizendo que "no mundo todo, o grande desafio é criar empregos. No Brasil, a solução é bem fácil. É só...". A mensagem vem acompanhada de um link para uma imagem no Instagram, com uma outra frase de Rocha. "Além de criar empregos, é necessário deter a máquina da destruição de postos de trabalho bancada com nossos impostos. É a BBB, Burrice Burocrática Brasileira."
No mundo todo, o grande desafio é criar empregos. No Brasil, a solução é bem mais fácil. É só… https://t.co/1DOlTH4e0A — Flavio Rocha (@flaviogr) 25 de março de 2018
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez uma homenagem à pesquisadora Ana Fonseca, que faleceu. Maia lembrou que ela foi uma das idealizadoras dos programas Bolsa Família e Brasil Sem Miséria. "Deixo a minha homenagem a essa profissional que trabalhou incansavelmente pela redução da desigualdade social no Brasil e sempre lutou para que programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, fossem programas de Estado e não de partidos".
Deixo a minha homenagem a essa profissional que trabalhou incansavelmente pela redução da desigualdade social no Brasil e sempre lutou para que programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, fossem programas de Estado e não de partidos. — Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) 25 de março de 2018
Álvaro Dias, senador pelo Podemos, teceu comentários sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal em relação ao habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele diz que outros políticos "enrolados" na Lava Jato, também se animaram com a decisão. "Essa história de indulto para Lula é surreal. Nem sequer discuto essa esbórnia política", afirma.
"Querem abrir as portas das penitenciárias, colocando nas ruas os barões da corrupção? Decisão do STF provocou enorme indignação!", continua. Em seguida, Dias comenta a decisão do STF em um vídeo curto, onde prometeu refundar a República.
Querem abrir as portas das penitenciárias, colocando nas ruas os barões da corrupção? Decisão do STF provocou enorme indignação! #AlvaroDias pic.twitter.com/5xsqVFPYaA — Alvaro Dias (@alvarodias_) 25 de março de 2018
Na mesma linha, João Amoêdo, do Novo, cita matéria do Estado, de que o ex-ministro Geddel Vieira Lima, também quer o mesmo tratamento de Lula. "É lamentável que alguns membros do Supremo não tenham respeitado o cidadão brasileiro. Somos nós que pagamos os seus salários, assessores e motoristas. O mínimo que se espera é que façam seu trabalho, tomem as decisões necessárias, sejam coerentes e não procurem argumentos para postergar ou fugir das suas responsabilidades", afirma no Twitter.
Agora o Geddel também quer o mesmo tratamento.
É lamentável que alguns membros do Supremo não tenham respeitado o cidadão brasileiro. Somos nós que pagamos os seus salários, assessores e motoristas. O mínimo que se espera é que façam seu trabalho, tomem as decisões necessárias https://t.co/ILBy03r979 — João Amoêdo (@joaoamoedonovo) 25 de março de 2018
"Em 2019 o presidente eleito vai nomear pelo menos 3 ministros do STF. Os novos nomeados devem ser exemplos de humildade, trabalho, competência, independência e de zelo pela instituição. O fortalecimento do STF será um dos resultados da renovação na política. Não podemos nos esquecer disso em outubro", disse em outroa postagem.
Lula, por sua vez, continua com sua caravana pelo Sul do País. O ex-presidente publicou uma foto abraçado com uma senhora idosa e com uma criança, em Santa Catarina. Junto, publicou uma mensagem questionando o que elas teriam em comum. "O que Sofia Câmara, de 8 anos, e Dona Bia Linhares, de 107, têm em comum? Apesar dos 99 anos de idade de diferença, as duas catarinenses carregam juntas a esperança de um Brasil menos desigual e mais justo e democrático para todos".
O que Sofia Câmara, de 8 anos, e Dona Bia Linhares, de 107, têm em comum? Apesar dos 99 anos de idade de diferença, as duas catarinenses carregam juntas a esperança de um Brasil menos desigual e mais justo e democrático para todos: https://t.co/IF5Qr7ZhQW
Fotos: Ricardo Stuckert pic.twitter.com/XoyTfG2R7j — Lula pelo Brasil (@LulapeloBrasil) 25 de março de 2018
Manuela D'Ávila, deputada estadual do Rio Grande do Sul pelo PCdoB, usou o Twitter para destacar que o seu partido completa 96 anos hoje. "São 96 anos ao lado das principais lutas do povo de nosso País. Liberdade religiosa, combate às ditaduras, direitos sociais, defesa dos trabalhadores e da CLT. São 96 anos de resistência e conquistas".
A deputada estadual também falou sobre as ameaças de morte ao Padre Júlio Lancelotti. "Trata-se de alguém que dedica todos os seus dias a cuidar dos que não tem nada, dos despossuídos. O ódio e a maldade dessa gente não tem fim", afirma.
Guilherme Boulos, do Psol, também citou o padre Lancelotti. "Ele é uma das principais vozes em defesa da população de rua em São Paulo e contra os abusos que sofrem diariamente. Toda solidariedade, Júlio!".
O pré-candidato também citou as manifestações de ontem, nos Estados Unidos. "Ontem nos Estados Unidos milhares de estudantes, ativistas, artistas e famílias tomaram as ruas de Washigton na #marchforourlives para pedir o fim da violência armada. Armar a sociedade não resolve o problema da segurança pública, só gera mais violência. #Vamos2018".
Ontem nos Estados Unidos milhares de estudantes, ativistas, artistas e famílias tomaram as ruas de Washigton na #marchforourlives para pedir o fim da violência armada. Armar a sociedade não resolve o problema da segurança pública, só gera mais violência. #Vamos2018 pic.twitter.com/QYDojRYPFs — Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) 25 de março de 2018
O deputado federal Jair Bolsonaro, do PSL, publica a imagem de uma nota do jornal "O Globo" com uma mensagem grafada em caixa alta. "TODOS CONTRA BOLSONARO". Ele esteve, pela manhã, em manifestação em homenagem aos policias militares que perdem a vida em combate, na praia de Copacabana, no Rio.
Acompanhado de dois dos seus três filhos - todos políticos -, foi recebido aos gritos de "Mito! Mito" pelos manifestantes e discursou por cerca de 10 minutos. Bolsonaro acusou a Justiça brasileira de privilegiar bandidos e defendeu o armamento da população para combater a violência.
TODOS CONTRA BOLSONARO. pic.twitter.com/hT1nuZ17pD — Jair Bolsonaro (@jairbolsonaro) 25 de março de 2018
Ele criticou as punições dadas aos policiais que matam bandidos em serviço, afirmando que desta maneira "quem tem retaguarda jurídica é o marginal". Marina Silva, Paulo Rabello de Castro e Ciro Gomes não publicaram nenhuma mensagem no Twitter.
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