Pré-candidato ao governo do Rio, Índio da Costa critica intervenção na Câmara

'A polícia está sendo achincalhada o tempo todo pelo tráfico e pela milícia e eles vão recuperar os territórios?', questionou o deputado carioca

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Por Isadora Peron
Atualização:
Deputado federal Índio da Costa é candidato ao governo do Rio pelo PSD Foto: Nilton Fukuda|Estadão

BRASÍLIA - O deputado Índio da Costa (PSD-RJ), pré-candidato ao governo do Rio, reassumiu o mandato na Câmara nesta segunda-feira, 19, e criticou a intervenção federal na Segurança Pública do Estado. A sessão para aprovar a medida está marcada para as 19 horas.

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O deputado diz não acreditar que a intervenção vá trazer resultados, mas afirmou que vai votar a favor do decreto em nome das pessoas que têm “alguma esperança”. “Eu não posso negar a toda a sociedade do Rio de Janeiro a possibilidade de dar certo, eu torço para dar certo, mas eu não acredito nisso”, afirmou.

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Segundo o deputado, a intervenção foi anunciada sem um “planejamento mínimo” e, na prática, se resume à substituição do ex-secretário de Segurança, Roberto Sá, pelo general Braga Netto. 

“A polícia está sendo achincalhada o tempo todo pelo tráfico e pela milícia e eles vão recuperar os territórios? Há cerca de 14 mil fuzis na cidade do Rio; eles vão desarmar os bandidos? Se eles não fizerem isso, eu não acredito”, disse, em relação à atuação das Forças Armadas no Estado.

Índio, que ocupava a secretaria municipal de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação do prefeito Marcelo Crivella (PRB), deixou o cargo no fim de janeiro para voltar à Câmara e preparar a sua candidatura ao governo. 

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Seu discurso, por enquanto, se concentra em críticas ao MDB, partido do atual governador Luiz Fernando Pezão. “Quero reunir todas as forças que são contra o MDB no Estado, porque eles arrebentaram o Estado. Eles estão há mais de 20 anos no poder, e olha o que eles estão entregando: as pessoas estão morrendo, ex-governadores estão presos”, disse.

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