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PR realiza transplante inter vivos de pâncreas

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, anunciou ter realizado o primeiro transplante inter vivos de pâncreas fora dos Estados Unidos. Pelas informações do hospital, até hoje apenas a Universidade de Minessota, nos Estados Unidos, havia realizado intervenções desse tipo. O transplante do pâncreas é indicado para pessoas com diabete. Mas a obtenção de uma glândula esbarra na fila. Segundo o médico João Eduardo Leal Nicoluzzi, atualmente um paciente fica até dois anos aguardando um pâncreas e muitos acabam morrendo. Com a nova técnica, o objetivo é atender prioritariamente as pessoas que correm mais riscos. Os que não têm urgência continuarão na fila, para evitar a intervenção cirúrgica em uma pessoa sadia. O pâncreas é uma glândula abdominal com secreção externa, de função digestiva, e secreção interna do hormônio insulina. A paciente que recebeu o primeiro transplante inter vivos no Brasil tem 49 anos e é diabética desde os 17, tendo problemas de visão. De acordo com o médico, ela já havia batido o carro por quatro vezes em razão de desmaios. Com compatibilidade de 100%, a filha de 26 anos doou parte de seu pâncreas. Apesar das oito horas e meia de cirurgia, as duas passam bem. Nicoluzzi disse que a possibilidade de rejeição, que é de 40% com uso da glândula de cadáver, cai muito no caso do inter vivos. "Até a medicação é mínima", afirmou.

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