PP tenta impugnar candidatura do PSDB em Florianópolis

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Por Agencia Estado
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O candidato Chico Assis, da coligação Florianópolis Sempre (PP-PFL-PSL-PSC-PRTB-PAN), denunciou ontem à noite, no horário eleitoral gratuito, o uso da máquina pública do Estado em favor do concorrente Dário Berger, da coligação Avança Florianópolis (PSDB-PMN). A assessoria jurídica do progressista vai entrar hoje com ação contra Berger e o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), responsável pela Polícia Militar, conforme a Constituição. A assessoria jurídica do tucano disse que a denúncia não passa de desespero do adversário. O caso foi divulgado hoje pelo jornais "A Notícia" e "Diário Catarinense". Segundo o "Diário", o advogado da coligação de Chico Assis, Alessandro Abreu, diz que tem dezenas de fotografias, filmagens e outras provas sobre o caso e hoje entrará com uma ação na Justiça pedindo a inelegibilidade por três anos para o candidato Dário e contra o governador Luiz Henrique (PMDB). O PMDB apóia a candidatura de Berger. A coligação, de acordo com "A Notícia", exibiu imagens mostrando, inicialmente, um policial militar ajudando na montagem de palanque na avenida Santa Catarina, no bairro do Estreito, na sexta-feira à tarde, e o uso de um caminhão da PM (placa LZR 7564) para o transporte dos materiais. Na seqüência, mostra o candidato Dário Berger chegando no local e participando do comício, no sábado à tarde. Em seguida, novas imagens flagram dois PMs desmontando a estrutura e a utilização do mesmo caminhão. O apresentador ressaltou o gasto de combustível e o desvio de função do policial, assinalando ainda que ali estavam os impostos pagos pelos contribuintes. A gravação, segundo o apresentador, foi feita por cinegrafista da equipe de Chico Assis, após denúncia da comunidade. Explicou também que a imagem dos PMs foi preservada por que eles estariam apenas cumprindo ordens do comando da corporação. O assessor jurídico da coligação de Berger, Rogério Olsen da Veiga, classificou o episódio como um gesto de desespero do adversário. "Como não consegue convencer a população através de propostas, quis criar um fato político", afirmou o defensor, que admitiu ter visto as imagens e não desconsiderou a possibilidade de se tratar de uma armação. Veiga adiantou que hoje vai entrar com um processo contra a coligação de Assis, questionando a denúncia. O governador Luiz Henrique da Silveira, que ontem à noite avaliava as eleições municipais com as bancadas federal e estadual do PMDB, não assistiu ao programa. A sua assessoria disse que ele ainda vai se manifestar sobre o assunto.

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