PP desiste de lutar pela permanência de Negromonte no governo

Segundo a cúpula pepista, ministro é peça fora do baralho e sua saída já é inevitável

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Por Redação
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O PP jogou a toalha e não vai mais batalhar pela permanência de Mário Negromonte no Ministério das Cidades. A cúpula pepista avalia nesta segunda-feira, 30, que a demissão é inevitável e que Negromonte já é peça fora do primeiro escalão do governo. A aposta geral é de que a saída do ministro será fato consumado assim que a presidente Dilma Rousseff voltar da viagem a Cuba.

 

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Os dirigentes do PP não acreditam que o ministro desocupe a cadeira com a presidente fora do Brasil. "Ele vai pedir demissão a quem? Ao vice-presidente Michel Temer?", ironizou um expoente da cúpula pepista, ao questionar o que aconteceria caso o vice recusasse o pedido de demissão.

 

No final de semana, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT) confidenciou a um interlocutor que não havia "perdido a esperança de salvar Negromonte". Ao mesmo tempo, porém, destacou que o destino do ministro das Cidades não dependia dele e que não achava correto ficar insistindo com a presidente Dilma. "Conheço o estilo da presidente e sabe que pressão e insistência não adiantam. Se ela decidiu tirá-lo do ministério, não há quem a faça mudar de ideia", disse Wagner ao interlocutor.

 

Ele também estava preocupado em deixar claro que o ministro baiano fora indicado pelo PP, e não pelo governador. Setores do PT baiano também não veem a hora de se livrar de Negromonte na Esplanada. A bronca petista fica por conta da movimentação do ministro para lançar candidato contra o deputado Nelson Pelegrino (PT-BA) na disputa pela prefeitura de Salvador. O candidato do líder a prefeito é o secretário da Casa Civil da prefeitura de Salvador, João Leão (PP)

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