Menos de 70 dos cerca de 2 mil funcionários que trabalham na base da Petrobras, em Macaé, aderiram à paralisação proposta pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense. No pico do movimento, que começou às 7 horas com um ato ecumênico pelas vítimas da plataforma P-36, cerca de 250 trabalhadores concentraram-se na entrada da base, mas o número foi se reduzindo gradualmente. "Quase não há funcionários na base de operação e os administrativos tem medo de parar pois trabalham perto da chefia", justificou o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros, Maurício Rubem. No entanto, o sindicalista garantiu que a adesão ao movimento, proposto pelos sindicatos, é maior nas refinarias de Paulínia, Capuava, Mauá, Cubatão, na Grande São Paulo e no Paraná. Nestas unidades, os trabalhadores interromperam a troca de turno mas não houve paralisação nas refinarias. "O trabalho fica mais lento, mas não pára. A produção pode diminuir em até 20%", disse Rubem. O sindicato também vai promover atrasos de duas horas no embarque dos trabalhadores que vão para as plataformas com o objetivo de realizar assembléias. "A possibilidade de uma greve com parada de produção será discutida, mas acredito que ainda seja prematuro tomar esta atitude", afirmou.