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Possível saída de Ellen Gracie anima candidatos

Por Mariângela Gallucci
Atualização:

Ocupar uma das 11 cadeiras de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) é o sonho de grande parte dos advogados, promotores e juízes brasileiros. Mas para conseguir o cargo é necessário, além do conhecimento jurídico, um bom padrinho político. Os aspirantes à vaga torcem no momento para que a ministra Ellen Gracie seja nomeada para o Órgão de Apelação da Organização Mundial do Comércio (OMC). E ela tem feito tudo para isso. Campeã de faltas no STF, está em plena campanha para ocupar o cargo. Prova disso foi sua presença, depois de sucessivas faltas, na sessão de quinta-feira, quando deu voto favorável num caso de interesse da Organização das Nações Unidas (ONU). Se for vitoriosa nessa campanha e nomeada para o cargo, terá de deixar o Supremo. Para suceder à ministra Ellen Gracie, são articuladas nos bastidores as candidaturas, entre outras, do advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, da subprocuradora Ela Wiecko de Castilho e do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Cesar Asfor Rocha. Advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na época em que ele disputava o Palácio do Planalto, Toffoli teria a promessa de ser indicado para o STF. Interlocutores do advogado-geral afirmam que ele deveria lutar pela vaga de Ellen Gracie e não esperar para ser nomeado no próximo ano, com a possível aposentadoria do ministro Eros Grau, compulsoriamente, aos 70 anos em agosto de 2010. O problema é que há uma proposta em tramitação no Congresso para que a idade da aposentadoria compulsória passe para 75 anos. Se for aprovada, a vaga de Eros Grau pode não abrir em 2010. Se não passar, a cadeira de Eros Grau pode ser utilizada numa negociação política, já que o País estará em período eleitoral.

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