A possível candidatura do prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB), ao governo do Estado divide tucanos em São Paulo entre apoiadores e contrários à movimentação do prefeito para suceder Geraldo Alckmin no Palácio dos Bandeirantes. Se por um lado a ideia é apoiada oficialmente por apenas sete dos 22 deputados estaduais da legenda, a intenção não encontra apoio unânime na bancada do PSDB na Câmara de Vereadores.++ Doria age para isolar adversários internos que defendem prévias Há uma semana, a bancada do partido na Câmara se reuniu para discutir o assunto e uma ala majoritária de oito dos 11 vereadores decidiu assinar uma nota de apoio à candidatura de Doria. Não assinaram os vereadores Patrícia Bezerra, ex-secretária do prefeito; Mario Covas Neto, que promove uma campanha pela permanência de Doria na Prefeitura; e Claudinho de Souza, ausente na reunião. Segundo um dos vereadores tucanos relatou ao Broadcast Político, Mario Covas Neto informou na ocasião que deixaria o partido, discordando do apoio a uma candidatura de Doria neste ano. Covas Neto organizou o anúncio de sua desfiliação para a noite desta quinta-feira (1).++ Doria lamenta saída de Mario Covas Neto do PSDB Na carta, entregue ao prefeito pelos oito vereadores, o grupo afirma que Doria atende ao clamor das ruas por renovação na política. "João Doria, filiado há quase 20 anos no partido, é o candidato que tem a aptidão de formar uma ampla base de apoio partidária, não somente para bem governar São Paulo, como também, para oferecer sustentação a eleição e ao governo nacional", diz o texto.
Na próxima segunda-feira (5), o diretório estadual do PSDB se reúne na capital para decidir sobre as prévias no Estado. Conforme o jornal O Estado de S.Paulo mostrou, Doria age para isolar os demais pré-candidatos e ter seu nome aclamado como candidato pela legenda. Também disputam a indicação o secretário de Desenvolvimento Social do Estado, Floriano Pesaro, o cientista político Luiz Felipe d'Avila e o ex-senador José Aníbal./COLABOROU PEDRO VENCESLAU