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Posse de Garcia une líderes do DEM e do PSDB em SP

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Por Gustavo Uribe
Atualização:

O secretário de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, reconheceu hoje que o DEM passa por um momento de "dificuldade" e ressaltou a importância do papel da oposição no Brasil. O parlamentar foi empossado no cargo na tarde de hoje no Palácio dos Bandeirantes, em cerimônia que contou com presença de lideranças do PSDB e DEM. O ato se transformou no evento político em defesa da importância da oposição."O DEM é um partido nacional que representa o papel de destaque na oposição e elegeu governadores e prefeitos", disse Garcia, após a solenidade. "E vive um momento de dificuldade, em que vários deputados anunciaram a desfiliação".O novo secretário citou a saída do partido do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e considerou que as recentes perdas não alteram o caminho da sigla. "Não muda em nada o destino do DEM, que é fazer uma oposição responsável e combater o que está sendo feito de errado pelo governo federal".Além de tucanos, participaram do evento o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), o líder do DEM na Câmara dos Deputados, ACM Neto (BA), e o ex-senador Marco Maciel (PE). Os três foram os artífices do acordo que devolveu ao DEM um espaço na administração estadual após a saída do vice-governador Guilherme Afif Domingos rumo ao PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.O líder do DEM na Câmara também comentou da saída do governador catarinense. "Eu particularmente já esperava a saída dele", disse. "O DEM é maior que um Estado apenas. Não é a saída dele que vai decidir o futuro do partido", acrescentou.DestaqueEm discurso, tanto lideranças do DEM como do PSDB ressaltaram a importância do papel da oposição no Brasil. O ex-titular da pasta de Desenvolvimento Social Paulo Barbosa destacou que uma democracia necessita de "uma oposição ativa e combativa". "Não nos interessa uma política baseada no clientelismo", criticou. "É papel do governo ajudar o cidadão a progredir".Na sequência, Garcia destacou que a aliança entre PSDB e DEM é "histórica" no Brasil, fazendo referência à composição dos dois partidos no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que teve como vice Marco Maciel. "Somos referência em política pública, é uma aliança que sempre mostrou coerência", disse. De acordo com ele, as duas legendas fazem uma oposição responsável ao governo da presidente Dilma Rousseff. "É importante numa democracia que possamos corrigir os rumos de um País", afirmou, ressaltando que o Brasil não pode viver com um "partido único".O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também destacou que o Brasil não é vocacionado a ter um "partido único". "É tão patriótico ser governo como ser oposição", afirmou. Já Agripino avaliou que o DEM é alvo de ataques "daqueles que querem reduzir a oposição". "Mas eu aviso aos navegantes: nós vamos resistir para defender a democracia no Brasil", discursou.

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