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Posição sobre reforma da Previdência divide petistas

Por Agencia Estado
Atualização:

O deputado federal Professor Luizinho (PT-SP), um dos mais influentes da bancada petista, avaliou que o diretório nacional do partido deverá fechar questão sobre a reforma da Previdência no encontro mantido em São Paulo, neste final de semana. Ele disse, porém, que não foi fechada, até o momento, nenhum acordo entre as lideranças da base aliada em torno do relatório sobre a reforma da Previdência, a ser concluído na próxima semana. "Embora tenha sido tratado como um acerto já feito, não há nenhum acordo sobre as propostas apresentadas nas reuniões desta semana", garantiu. Especificamente sobre a sugestão encaminhada pelo Poder Judiciário, de que os magistrados poderiam se aposentar com a integralidade de seus salários e ter reajustes proporcionais aos dos funcionários da ativa, além da extensão para 20 anos de prazo mínimo na carreira pública. O parlamentar esclareceu que, embora bem aceita por parte da bancada, a proposta terá de ser discutida sobre a situação dos futuros servidores, já que uma parte entende que os novos funcionários públicos devem ingressar em um novo sistema de Previdência, enquanto outros defendem a manutenção do sistema também para os futuros servidores. "O estabelecimento de piso, teto e aposentadoria complementar é mais tranquilo de passar na bancada do PT. Há, porém, um descontentamento no campo majoritário do partido se o sistema atingir futuros servidores", explicou. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que também já está no evento, admitiu apenas a possibilidade de o diretório nacional apontar algumas diretrizes sobre a reforma, sinalizando, dessa maneira, não acreditar que o partido fechará questão em torno da reforma. "Temos de levar em conta outras possibilidades a serem discutidas nos próximos dias. Na transferência do texto da Câmara para o Senado, outros debates vão acontecer e possíveis modificações", manifestou. O líder do PT no Senado, Tião Viana (PT-AC), estimou que o diretório deverá fechar questão. "Não necessariamente que o diretório venha a ter a mesma opinião que o governo", ressalvou. O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, chegou ao Hotel Pestana, em São Paulo, onde acontece o encontro, mas não utilizou a porta principal para evitar o contato com os jornalistas.

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