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Posição oficial do PSD é a defesa do financiamento público de campanha, diz Kassab

Ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações e presidente licenciado do PSD foi um dos presentes na reunião desta quarta-feira, 5, promovida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tratou sobre algumas propostas da reforma política

Por Erich Decat
Atualização:
 Foto: Evelson de Freitas/Estadão

BRASÍLIA - Em meio às tentativas de se avançar no Congresso nas discussões de projetos que alteram algumas das regras eleitorais, o PSD decidiu oficializar o apoio do partido ao financiamento público de campanha. 

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O ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações e presidente licenciado do PSD, Gilberto Kassab, foi um dos presentes na reunião desta quarta-feira, 5, promovida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tratou sobre algumas propostas da reforma política. 

No encontro, Kassab foi o autor da ideia de se criar um "fundo eleitoral" para financiar as campanhas a partir de 2018, quando está prevista a próxima disputa presidencial. A eleição municipal, deste ano, foi a primeira realizada sob as novas regras que proíbem a doação de empresas privadas aos candidatos. 

"Eu não era a favor, mas mudei de ideia. A partir de hoje é a posição oficial do PSD. Somos a favor do financiamento público. Defendi isso na reunião e a necessidade se criar fundo eleitoral. O tempo mostrou que está esgotado esse modelo de doações de empresa", afirmou ao Estado Gilberto Kassab. 

Segundo ele, uma das alternativas, que poderá implementada, é o estabelecimento de uma cota do fundo partidário para ser destinada ao fundo eleitoral, que servirá como fonte de recursos para as campanhas. "Os valores e como será feita essa distribuição terão que ser definidas pelo Congresso", ressaltou. 

Questão. Antes do encontro com o presidente da Câmara e do Senado, o ministro conduziu reunião da Executiva do PSD na qual ficou decidido que a legenda fechará questão a favor da votação da Proposta de Emenda à Constituição que estabelece o teto dos gastos. 

A expectativa da equipe econômica do governo é ter a PEC votada até a próxima terça-feira, 11. Seguindo esse calendário, o governo conseguirá aprovar a PEC na Casa uma semana antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que definirá o rumo da taxa básica de juros da economia, a Selic. O Banco Central tem destacado o ajuste fiscal como uma das condições para que seja possível reduzir os juros. A intenção é abrir caminho para a primeira queda na taxa básica de juros desde outubro de 2012. 

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"Estamos conscientes de que o partido só pode fechar questão em temas que são de extrema importância para o Brasil. E hoje fica claro que para recuperação da Saúde da economia, do nosso índice de crescimento e desenvolvimento, esse projeto do teto é fundamental", afirmou Kassab.