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Português suspeito de assassinatos tentava cidadania brasileira

Por Agencia Estado
Atualização:

O português Luiz Miguel Militão Guerreiro, principal suspeito do assassinato de seis patrícios no Ceará, estava tentando obter cidadania no Brasil. Ele entrou no dia 10 de julho com pedido no Ministério da Justiça para se beneficiar do acordo entre Brasil e Portugal que garante a portugueses os mesmos direitos garantidos aos brasileiros, desde que autorizados pelo governo. Sem ainda uma decisão do Ministério da Justiça, o português mantinha a estratégia de renovar o seu visto de turista. Agora, mesmo sendo estrangeiro, Guerreiro será julgado e, se condenado, cumprirá a pena no Brasil. Depois de concluir a pena, ele seria imediatamente expulso do País, informaram hoje assessores do Ministério da Justiça. Segudo ele, o ministro José Gregori ficou chocado com a crueldade do crime. "Foi um crime bruto, absurdo." Gregori, elogiou a eficiência da Polícia Federal que, em menos de uma semana, conseguiu resolver o caso. O governo divulgou hoje duas notas oficiais. "Nesse momento de luto, o presidente da República (Fernando Henrique Cardoso) lamenta a morte dos seis empresários portugueses e manifesta aos familiares suas mais sentidas condolências e solidariedade", divulgou o Palácio do Planalto. Em outra mensagem, o Ministério das Relações Exteriores lembrou da ligação entre os dois países. "Tendo em vista os profundos laços de amizade que unem Brasil e Portugal, o governo brasileiro lamenta sinceramente o ocorrido e gostaria de transmitir as condolências e expressar seu sentimento de solidariedade às famílias das vítimas." A embaixada de Portugal também divulgou uma nota oficial na qual "deplora profundamente esse hediondo crime e apresenta as condolências às famílias das vítimas". A nota faz questão de destacar os trabalhos desenvolvidos em conjunto entre a embaixada de Portugal, o Consulado de Portugal no Recife, o Conselho Honorário em Fortaleza e as autoridades brasileiras nas investigações do desaparecimento dos turistas desde o dia de desembarque no Brasil. A embaixada informa que as autoridades diplomáticas portuguesas irão se empenhar em trasladar rapidamente os corpos e dar o apoio necessário às famílias das vítimas.

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