Porto Alegre identificará locais de tortura

Convênio entre ONG e prefeitura vai sinalizar com placas edifícios onde presos políticos foram interrogados durante a ditadura

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Por Redação
Atualização:

PORTO ALEGRE - A Prefeitura de Porto Alegre e o Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH) assinaram convênio nesta terça-feira para identificar com placas os locais da cidade que foram centros de detenção e tortura durante o regime militar (1964-1985). No mesmo projeto, denominado Marcas da Memória, também serão incentivadas atividades culturais voltadas ao conhecimento e reconstrução da memória histórica daquele período.A organização não governamental vai receber, sistematizar e divulgar informações, enquanto o município se encarregará de elaborar as peças que marcarão o entorno dos edifícios onde ficavam e eram interrogados os presos.O presidente do MJDH, Jair Krischke, diz que alguns locais já são conhecidos, como a primeira casa de tortura clandestina, conhecida como Dopinha, localizada na rua Santo Antônio, e a Ilha do Presídio, no lago Guaíba. "Faremos um resgate da história recente do Brasil assinalando locais onde houve presos políticos e tortura, pois não podemos esquecer que para chegar ao estado democrático de direito muitas pessoas perderam até a vida", destacou. "As pessoas têm o direito de saber o que aconteceu nos Anos de Chumbo, principalmente para que a gente consolide, cada vez mais, o estado democrático de direito", complementou o prefeito José Fortunati (PDT).

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