Portal da Transparência vai ao ar; Senado deve omitir salários

Iniciativa é uma das medidas de Sarney para conter a crise que atinge a Casa, agravada pelos atos secretos

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Por Andreia Sadi
Atualização:

O Portal da Transparência do Senado vai ao ar nesta terça-feira, 23, confirmou a assessoria do presidente José Sarney (PMDB-AP) ao estadao.com.br. O site, que poderá ser conferido pela página do Senado,é uma das medidas anunciadas por Sarney para conter a crise que atinge a Casa, mais recentemente marcada pela descoberta dos atos secretos, usados para nomear parentes, amigos, criar cargos e aumentar salários, revelados pelo Estado.

 

"O portal vai ser colocado no ar hoje, com certeza vai, mas não sabemos se todos os dados estarão disponíveis já nesta terça", informou a assessoria. O motivo seria o grande volume de informações que ainda precisa ser migrado para o portal, que contou com a colaboração de "todas as áreas do Senado".

 

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A ideia é divulgar todo tipo de informação referente a Casa, desde Orçamento até dados referentes à verba indenizatória, valor de R$ 15 mil que os parlamentares têm direito para custear despesas com seus Estados.

 

No entanto, sobre o salários de servidores, o gabinete de Sarney informou que a medida ainda será analisada pela Mesa Diretora, que tem reunião marcada, que foi antecipada para as 15h30, segundo a Agência Senado. Caso seja aprovada, a assessoria garante que não teria dificuldades em levantar os dados para a divulgação.

 

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) se reuniu com o presidente do sindicato dos servidores do Poder Legislativo (Sindilegis), Magno Mello,  no início desta tarde, mas disse que não vai retirar o projeto que propõe a divulgação dos salários. "Ele mostrou a sua objeção, mas vou encaminhar para a Mesa Diretora agora. Se for aprovado, eles vão recorrer à Justiça para que os salários não sejam divulgados", disse Suplicy ao estadao.com.br.

 

A assessoria de Sarney não soube informar por qual método o projeto foi aprovado- se via projeto de resolução, ato da Mesa ou via ato do presidente Sarney.

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Texto atualizado às 16h30

 

 

 

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