
01 de julho de 2019 | 19h32
BRASÍLIA – O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou nesta segunda-feira, 1.º, que o presidente Jair Bolsonaro não pretende demitir o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Segundo Rêgo Barros, não há previsão de novas demissões de ministros.
DEM já não sabe se Onyx continua no cargo
Nos primeiros seis meses de governo, três caíram. O primeiro foi Gustavo Bebianno, que comandava a Secretaria-Geral da Presidência, o segundo, Ricardo Vélez Rodríguez, no Ministério da Educação. A última exoneração foi a de Carlos Alberto dos Santos Cruz, que chefiava a Secretaria de Governo.
Onyx vem sendo alvo de “fritura” no governo desde que perdeu o comando da articulação política e a supervisão da Subchefia para Assuntos Jurídicos. Neste domingo, o Estado mostrou que Onyx enfrenta uma queda acentuada e contínua no número de reuniões com parlamentares, ministros e até mesmo com o próprio presidente. Em abril, por exemplo, o ministro chegou a participar de ao menos 19 reuniões com Bolsonaro. Em junho, o número despencou para três.
O futuro do ministro é incerto. Bolsonaro transferiu a articulação política da Casa Civil para a Secretaria de Governo há 12 dias. Agora, o responsável pela negociação do Palácio do Planalto com o Congresso será o general Luiz Eduardo Ramos, que assumirá nesta semana a Secretaria de Governo no lugar de Santos Cruz.
A Casa Civil também perdeu a Secretaria para Assuntos Jurídicos, que faz a análise de decretos e projetos de lei, além do comando da Imprensa Nacional. Oficialmente, o governo Bolsonaro defende Onyx e ressalta que, apesar da desidratação de sua pasta, ele ficou com o comando do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), que concentra as concessões de infraestrutura do governo e planos de desestatizações. Na prática, porém, as concessões são tocadas pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
O presidente Jair Bolsonaro, convidou Onyx para assistir com ele à semifinal da Copa América entre Brasil e Argentina, no Mineirão, em Belo Horizonte (MG), nesta terça-feira, 2. O ministro ainda não confirmou se vai.
Esta será a quarta ida de Bolsonaro a estádio como presidente. No dia 6 de junho, ele assistiu à vitória da seleção brasileira de futebol contra o Catar, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília. Seis dias depois, no mesmo estádio, acompanhou, ao lado do ministro da Segurança Pública, Sérgio Moro, o jogo entre CSA e Flamengo. No dia 14 de junho, Bolsonaro foi ao estádio do Morumbi para assistir à partida de abertura da Copa América entre Brasil e Bolívia.
Ainda como presidente eleito, Bolsonaro foi convidado pelo Palmeiras para entregar aos jogadores o troféu de Campeão Brasileiro em dezembro. Torcedor da equipe, ele foi convidado pela diretoria alviverde para ir ao Allianz Parque, em São Paulo, e acompanhar a partida contra o Vitória no camarote da presidência do clube.
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