09 de julho de 2021 | 19h53
BRASÍLIA - Por trás das falas do presidente Jair Bolsonaro sobre a realização das eleições em 2022 está uma ameaça ao Legislativo, e isso exige reação. A avaliação é do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM).
Pacheco reage a ameaças de Bolsonaro e diz que quem defender retrocesso será 'inimigo da nação'
“Não ter eleição em 2022 significa fechar o Congresso em 1º de fevereiro de 2023, quando acabam nossos mandatos”, disse ao Estadão/Broadcast. “Por trás da fala do presidente há uma ameaça de fechamento do Congresso, e isso exige reação do Parlamento”, acrescentou.
Há pouco, por meio de sua conta no Twitter, Ramos disse que a realização das eleições não é uma prerrogativa de Bolsonaro e que está garantida pela Constituição Federal. “Não é o presidente da República que decide ou escolhe se tem eleição ou não tem eleição. Quem decide se tem e quando tem eleição é a Constituição Federal” afirmou.
Ramos cobrou ainda uma reação dos Poderes Legislativo e Judiciário, e também das Forças Armadas, em relação ao tom das declarações de Bolsonaro, que tem dito que não aceitará o resultado das eleições sem que haja voto impresso.
Sobre eleições e de que lado devem ficar o Legislativo, o Judiciário e as Forças Armadas. pic.twitter.com/NBDoMWql3C — Marcelo Ramos (@marceloramosam) July 9, 2021
“Quando o presidente da República afronta esta Constituição Federal, colocando em xeque a realização das eleições, não é dado ao Poder Legislativo, ao Poder Judiciário e às Forças Armadas escolher de que lado ficar. Eles têm o dever de ficar ao lado da Constituição que juraram respeitar e defender”, afirmou.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.