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Por que São Paulo deve votar em Marta Suplicy

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Por Ricardo Berzoini
Atualização:

Mais uma vez, o povo de São Paulo vai às urnas diante de dois projetos claramente distintos em suas dimensões políticas, administrativas e ideológicas. De um lado, aparecem as forças conservadoras agrupadas em torno de uma visão elitista, preconceituosa e excludente da sociedade - que permanece viva neste início de século 21 sob a bandeira geral de um moribundo neoliberalismo e cujo símbolo maior, no caso da atual administração paulistana, talvez seja a política higienista contra moradores de rua e outros grupos sociais marginalizados (quando não ostensivamente hostilizados) pelo poder público local. Desde 1988, no entanto, uma parcela significativa dos paulistanos tem dito não a esse modelo excludente - com o PT se destacando como protagonista entre as forças que lutam por uma cidade mais humana. Quando conquistamos a Prefeitura de São Paulo - com Luiza Erundina (1989-1992) e Marta Suplicy (2001-2004) -, o PT e seus aliados inverteram a lógica de governar para poucos. Concentramos todo o esforço administrativo, bem como a maior parte dos recursos públicos, em programas que levam dignidade, oportunidade e cidadania também para a gigantesca e esquecida periferia de São Paulo. Nesse sentido, houve avanços em muitos setores, com destaque inegável para as áreas de habitação, transporte, educação e cultura. Mas muito ficou por ser feito devido a problemas conjunturais e limitações orçamentárias. Apesar das dificuldades, o PT mudou a agenda da cidade. Programas criados na gestão Marta tornaram-se referências nacionais e internacionais e hoje todos defendem os Centros Educacionais Unificados (CEUs), o bilhete único, os corredores de ônibus informatizados e a renda mínima, consolidada nacionalmente no Bolsa-Família. Marta teve de administrar uma cidade falida herdada da catastrófica gestão Celso Pitta - do qual, nunca é demais registrar, Gilberto Kassab foi secretário de Planejamento! Excetuando-se o antipetismo de certos meios de comunicação, que permanece inalterado, as demais condições mudaram muito nestes 20 anos. O cenário político já não é dominado pelo conservadorismo - embora ele ainda tenha grande poder de fogo - e a economia brasileira apresenta seu melhor desempenho das últimas décadas. No centro dessas duas mudanças está o sucesso do governo Lula, do qual Marta e o companheiro Aldo Rebelo foram expressivos colaboradores desde o primeiro dia de mandato. Em condições assim, o segundo governo Marta - em parceria com as forças que apóiam sua candidatura - poderá promover a efetiva inclusão social, cultural, política e econômica de que São Paulo tanto necessita. Não só para continuar a se desenvolver, mas também, e principalmente, para se inserir de vez na nova sociedade brasileira que começou a emergir com a chegada de Lula à Presidência da República: em resumo, uma sociedade que defenda um Estado democrático, cuja principal função seja prover mais oportunidades para todos. Marta é desenvolvimento com inclusão, por uma cidade humana e solidária para todos. *Ricardo Berzoini é presidente do PT

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