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Políticos dizem esperar mais sobriedade e menos ativismo

Nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge toma posse nesta segunda-feira, 18

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Por Thiago Faria
Atualização:

BRASÍLIA - Afinado às críticas sobre a atuação de Rodrigo Janot nos quatro anos em que esteve à frente da Procuradoria-Geral da República, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou neste domingo, 17, ser preciso “menos ativismo político dos agentes públicos”. 

“(É preciso) mais equilíbrio institucional, mais diálogo e harmonia entre os Poderes. O País precisa é de tranquilidade para trabalhar, gerar empregos e distribuir renda”, disse o peemedebista.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

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Um dos últimos atos de Janot no cargo, há pouco mais de uma semana, foi denunciar o grupo político do PMDB do Senado por organização criminosa – o “quadrilhão” do PMDB do Senado. Eunício não foi incluído na denúncia, embora responda a outro inquérito relacionado à Lava Jato.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da bancada petista no Senado e também alvo da Lava Jato, disse não esperar que as investigações sejam interrompidas, “mas que Raquel Dodge reconquiste a sobriedade necessária à PGR”. “Esperamos também que causas ligadas aos direitos humanos, defesa da Amazônia, e causas indígenas tenham prioridade pela história de atuação anterior dela.”

Para o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), a expectativa é de que Raquel conduza as investigações com “seriedade”. “O passado da Raquel Dodge é um atestado do comportamento dela. Ela é uma pessoa equilibrada, comprometida com a lei e com a investigação séria”, disse. “Ela é comprometida com o objetivo do Ministério Público, que é de fazer acusação, mas com responsabilidade. Acho que isso vai pautar o comportamento dela. É o que eu espero.”

Sobre a nomeação de Luciano Maia, seu primo, como vice-procurador-geral na equipe de Raquel, Agripino Maia afirmou não ter qualquer influência. “A composição das pessoas é ela quem define. Longe de mim ter força para qualquer tipo de influência nesse sentido. Qualquer mudança de comando resulta em troca de equipe, não é anormal”, disse o senador, também denunciado por Janot em caso relacionado à Operação Lava Jato. 

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