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Polícia retoma diálogo com governo em SP

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo do Estado de São Paulo e as entidades de classe das Polícias Civil e Militar retomaram o diálogo sobre o índice de reajuste salarial. Representantes das duas categorias estiveram nesta quinta-feira com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Rui Cesar Melo, e nesta sexta com o delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antonio Desgualdo. Além disso, o presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM, o deputado estadual Wilson de Morais, esteve com o governador Geraldo Alckmin (ambos pertencem ao PSDB), que poderá reunir-se com uma comissão das entidades na próxima semana. Esse é o encontro que os policiais esperavam para negociar um índice melhor de reajuste do que o anunciado pelo governo. Há duas semanas, Alckmin informou que daria de 6% a 10% de aumento e elevaria os pisos da categoria em até 35% - com isso, o valor chegaria a R$ 1.000,00 para soldados e investigadores e a R$ 2.500,00 para delegados e oficiais. "Essa proposta deixou revoltada a polícia", disse o presidente da Associação dos Delegados, Paulo Fortunato. As entidades não aceitam mais negociar com o secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi, pois consideram essa etapa esgotada. Civis e militares querem reajuste de 41,04% para todos e prometem manifestar-se na terça-feira, no Largo de São Francisco no centro de São Paulo. Aposentados e parentes dos que estão na ativa comparecerão com apitos, narizes de palhaço e bumbos. "Podemos até adiar o protesto caso recebamos uma manifestação do governador marcando a reunião", disse Morais. Mas o coronel Hermes Bittencourt Cruz, presidente da Associação dos Oficiais da Reserva rejeitou essa hipótese. O comandante-geral da PM afirmou não temer que a polícia entre em greve. Mas pediu às entidades que parem com os protestos de rua. De acordo com Morais, alguns membros das entidades de classe foram convocados pela Corregedoria da PM para prestar esclarecimentos sobre a campanha salarial. "Uma punição no momento em que se reabrem as negociações seria pior", afirmou o deputado.

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