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Polícia reforçará investigações do seqüestro de Patrícia

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Marco Vinício Petrelluzzi, não confirmou se a polícia já identificou alguns dos seqüestradores da filha do empresário Silvio Santos, Patrícia Abravanel. "Foram vistos pelo menos quatro homens", limitou-se a dizer, fora da entrevista coletiva. Petrelluzzi disse também que, no caso do seqüestro de Patrícia, toda a negociação foi feita pela família. Hoje, o secretário terá uma reunião com os familiares para apurar o caso mais profundamente. ?Patrícia foi libertada com o pagamento de resgate. Não sei o valor", informou. ?A polícia agiu corretamente. Agora, vamos pegar estes bandidos, podem ficar certos. Podem ser mais de dois seqüestradores, mas não vamos revelar", afirmou. "Não confirmei os dois presos", concluiu. A partir de hoje, as investigações sobre o caso serão reforçadas. Petrelluzzi confirmou que os seqüestradores deram provas de vida de Patrícia durante as negociações e disse ainda que os bandidos entraram pela porta da frente da casa no dia do crime. Ele disse não descartar nenhuma hipótese e afirmou que as investigações vão apontar os responsáveis. Petrelluzzi admitiu que a Polícia já possui o retrato falado dos seqüestradores, mas prefere não divulgá-los ainda. "Não posso dar maiores detalhes sobre o caso para não atrapalhar as investigações", afirmou. O Ministério Público e o Poder Judiciário tem sido atuantes em relação aos seqüestros e a polícia de São Paulo entende que esse tipo de crime só deveria ser divulgado após a conclusão do caso, disse. A divulgação antecipada, segundo ele, serve para criar muita confusão, como informações erradas, o que aconteceu no caso de Patrícia Abravanel. "Parece brincadeira, mas tem gente que dá trote para casa de famílias que sofreram seqüestro", afirmou. Petrelluzi fez a defesa de ?um bem acima de qualquer outro, que é a liberdade?. Ele disse que não é intenção da polícia ?impor censura?, e que ?deveria ter um acordo de autoregulamentação em alguns casos?, lembrando o caso de uma rebelião em Presidente Bernardes, em que uma rede de Televisão divulgou o deslocamento de uma tropa de elite para a cidade. "O que aconteceu foi que o refém começou a ser mais seriamente ameaçado", exemplificou. "Tivemos outro caso em São Paulo, com rebelião em distrito policial. Um investigador foi ferido e morreu logo após. Não dissemos, na negociação que ele havia morrido, mas uma rádio informou e complicou a negociação", afirmou o secretário.

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