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Polícia não descarta crime encomendado para morte de sertanista

Por Agencia Estado
Atualização:

As Polícias Federal, Civil e Militar de Rondônia, que investigam o assassinato do sertanista Apoena Meireles, não descartam a hipótese do assassinato ter relação com a atividade de Apoena na ação contra o garimpo na reserva indígena Roosevelt. "Apoena estava trabalhando contra o garimpo na reserva. Na verdade, estava mexendo com o crime organizado", disse o assessor da presidência da Fundação Nacional do Índio, Vitorino Souza. O sertanista foi assassinado na noite de sábado em Porto Velho (RO), aparentemente em um assalto enquanto retirava dinheiro em um caixa eletrônico do Banco do Brasil. As Polícias, apesar de trabalharem com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), acreditam que o crime pode ter sido encomendado. Meireles estava no Estado coordenando a operação na reserva, onde 29 garimpeiros foram assassinados pelos índios cinta-largas em abril deste ano. Na noite de sábado, ele chegou a Porto Velho vindo de Cacoal e parou em um caixa eletrônico antes de ir jantar. De acordo com Souza, ao retirar o dinheiro, o sertanista foi abordado por um homem armado. Quando tentou pegar a carteira, levou um tiro no peito. Ao tentar reagir, o assaltante o acertou novamente no abdômem. Meireles presidiu a Funai no fim da década de 80. Ele era filho de indigenista e foi batizado com o nome em homenagem a um antigo líder Xavante. Foi Apoena Meireles quem fez o contato pela primeira com os índios Cinta-larga, em 1967. O corpo dele será velado na sede da Funai em Brasília na segunda-feira e sepultado no Rio.

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