Polícia investiga suicídio no caso de assessor do RS

Por Elder Ogliari
Atualização:

A polícia da capital federal considera o suicídio a primeira hipótese a ser investigada no caso da morte do assessor parlamentar do gabinete do deputado federal Cláudio Diaz (PSDB) e ex-chefe da Representação do Governo do Rio Grande do Sul em Brasília, Marcelo Cavalcante, 41 anos. O corpo, encontrado hoje em Brasília, estava boiando no Lago Paranoá, perto dos pilares centrais da ponte Juscelino Kubitschek. Ele estava desaparecido desde sábado. Com base nos primeiros depoimentos de familiares, a polícia informou que Cavalcante havia se desentendido com sua companheira e saído de casa na sexta-feira. No domingo, segundo apuraram os investigadores, ele ligou para ela e para sua filha de 15 anos, do primeiro casamento, falando em fazer uma viagem sem volta. Além disso, não foram encontradas evidências de agressões ou assalto. O carro do assessor parlamentar estava estacionado no acesso à ponte, com documentos e objetos pessoais intactos. Carioca criado em Brasília, Cavalcante foi assessor da atual governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), quando ela era deputada federal. Em 2006 passou uma curta temporada no Rio Grande do Sul auxiliando na campanha dos tucanos para o governo estadual. Em 2007, foi nomeado chefe da Representação do Estado em Brasília. Em junho do ano passado, no auge da crise provocada pela investigação de desvios de R$ 44 milhões do Detran/RS, Cavalcante foi acusado pela oposição gaúcha de receber um telefonema e uma carta do empresário Lair Ferst, um dos réus daquele escândalo, que se dizia alvo de pessoas corruptas. À época, explicou que não levou a correspondência à governadora porque Ferst não apresentava provas do que dizia, e pediu exoneração, que Yeda aceitou, juntamente com a de outros dois secretários e do comandante da Brigada Militar, no dia 7 de junho. Em nota divulgada hoje, a governadora Yeda Crusius destacou o trabalho que o "companheiro fiel e exemplar servidor" fez ao transformar o escritório do Estado em ponto de referência para os gaúchos em Brasília.

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