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Polícia indicia 16 por morte de jornalistas em Ipatinga

Por MARCELO PORTELA
Atualização:

Investigações em torno dos assassinatos de dois jornalistas em Ipatinga, no Vale do Aço mineiro, levaram ao indiciamento de 16 pessoas envolvidas com um grupo de extermínio que agia na região. Ele são acusados de envolvimento em 14 assassinatos ocorridos entre 2007 e este ano, entre eles o do repórter Rodrigo Neto e o do repórter fotográfico Walgney de Assis Carvalho, ocorridos no primeiro semestre de 2013.Nesta quarta-feira, a Polícia Civil mineira informou que pediu a conversão das prisões temporárias de Alessandro Neves Augusto, o Pitote, e do policial civil Lúcio Lírio Leal em prisões preventivas. Eles são apontados como responsáveis pelas mortes dos jornalistas, ambos executados a tiros. Neto já denunciava a atuação do grupo de extermínio na região e foi assassinado em março. Walgney foi morto em maio e teria sido vítima de uma queima de arquivo, porque declarava saber quem havia assassinado o colega.As mortes levaram à queda de toda a cúpula de segurança da região e à criação de uma força-tarefa da Polícia Civil para apurar os crimes. As investigações foram acompanhadas pelo Ministério Público Estadual (MPE), pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, além de entidades com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outras. A maior parte dos suspeitos já está presa por determinação judicial. Os inquéritos foram encaminhados à Justiça na terça-feira, 13.

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