Polícia do Senado quer 60 dias para achar Agaciel

PUBLICIDADE

Por Leandro Colon , Carol Pires e BRASÍLIA
Atualização:

O ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia recebeu uma boa notícia da polícia da Casa. O órgão deve prorrogar por mais 60 dias o inquérito que investiga uma nomeação secreta assinada por ele no gabinete do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), sem o aval do parlamentar. O motivo é que o ex-diretor não estaria sendo localizado para perícia na própria assinatura. Agaciel é uma espécie de padrinho da corporação. Foi o responsável pela indicação, em 2005, do atual diretor, Pedro Ricardo Araújo Carvalho. Atos secretos e públicos assinados por Agaciel concederam benefícios na carreira e nos salários dos policiais nos últimos anos. "Enquanto o Senado dorme, nossos policiais estarão zelando pela nossa segurança", dizia Agaciel, um dos mentores da Polícia Legislativa, em 2002. A frase, parte de artigo escrito por ele, foi mantida no portal do Senado até a sua queda, em março. A Polícia Legislativa, que prometia pedir o indiciamento de Agaciel ao Ministério Público por inserção de dados falsos no sistema de administração pública, agora diz que o fará somente quando o localizar. O ex-diretor, segundo investigação preliminar, exonerou a servidora Lia Raquel Vaz de Souza do setor de recursos humanos. Filha de Valdeque Vaz de Souza - assessor e amigo de Agaciel - ela foi nomeada para trabalhar com Demóstenes e recolocada no gabinete de Delcídio Amaral (PT-MS), sem autorização dos parlamentares. Três atos secretos foram usados na operação. Em licença-prêmio, Agaciel negou, na semana passada, que sejam dele as assinaturas dos atos secretos.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.