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Polícia desocupa fazenda da Aracruz invadida pelo MST

A fazenda Agril havia sido ocupada na quarta-feira por cerca de 200 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST)

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Militar do Espírito Santo concluiu na noite de quinta-feira a reintegração de posse da Fazenda Agril, de propriedade da Aracruz Celulose, localizada no norte do estado. A medida foi determinada pela Justiça na quinta-feira, atendendo à ação movida pela empresa. A propriedade havia sido ocupada na quarta-feira por cerca de 200 famílias integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Esta foi a segunda vez que a fazenda da Aracruz foi invadida. Em setembro do ano passado, a Justiça tomou a mesma decisão e retirou os ocupantes da área. Os sem-terra alegam que a fazenda é composta por terras devolutas (pertencentes ao Estado) e deixaram o local no ano passado sob a promessa de que o governo estadual faria a vistoria da terra para levantar sua origem. Segundo a direção do MST no Espírito Santo, nada foi feito até agora. Em nota, a Aracruz informou que 78% dos 8.700 hectares da fazenda, localizada nos municípios de Aracruz e Linhares, são áreas de preservação ambiental, sendo 1.300 hectares ocupados por plantio de eucalipto. De acordo com nota da assessoria de imprensa, a empresa "detém a titularidade de toda a área". O superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Espírito Santo, Jerônimo Brumati, informou que há suspeitas de que a fazenda seja composta por terras devolutas. Segundo ele, é preciso que o Estado faça o levantamento.

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